23/07/2012 - 07:48
O presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), Fernando
Macário, defendeu na passada sexta-feira, em Coimbra, a necessidade de
se fazer um levantamento e "análise profunda" da diminuição da colheita
de órgãos em Portugal, para o relançamento do processo, avança a agência
Lusa.
"Após tempos de extraordinário sucesso que nos habituaram a níveis de colheita de órgãos e de transplantação, que nos colocaram na vanguarda mundial, desde 2010 que a colheita de órgãos não cessa de descer em Portugal (..), com níveis preocupantes durante o corrente ano. Temos que reunir esforços para analisar esta situação e tentar inverter este rumo", defendeu.
Na sua perspectiva, "é absolutamente urgente o levantamento e análise profunda do que se passa, para relançar de novo a colheita de órgãos".
O presidente da SPT falava na sessão solene de comemoração do Dia do Transplante, que decorreu no auditório do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), reunindo cerca de 330 doentes e familiares, médicos e outros profissionais desta área e vários responsáveis do sector da saúde.
"Impõe-se que todos os hospitais onde seja efectuado o diagnóstico de morte cerebral e tenham condições de suporte intensivo se constituam obrigatoriamente como hospitais de colheita e que sejam aí criadas as condições logísticas que conduzam e estimulem a colheita de órgãos", frisou.
Para o presidente da SPT, "deve ser permanentemente escrutinada e mesmo auditada a actividade das unidades onde pode ser efectuada identificação de dadores e colheita de órgãos, para se garantir que todos os potenciais dadores são referenciados".
A organização das estruturas que coordenam a colheita de órgãos em Portugal "tem que ser reformulada para acabar com ineficiências localizadas" e a estrutura de transplantação nacional "necessita de ser repensada", preconizou ainda o médico do CHUC.
"A colheita em dador com coração parado em Portugal espera há demasiado tempo por orientações legais e logísticas", frisou Fernando Macário.
Ao intervir na sessão, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, disse que a instituição deverá, até ao final do ano, aprovar os critérios para a colheita em dador com coração parado.
"A transplantação é, sem dúvida, uma das actividades que mais possibilidades dá de se virem a contar histórias felizes, e felizes muitos doentes por contar essa história", afirmou o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Hélder Trindade.
Na sessão, em que também intervieram os presidentes do CHUC e da Administração Regional de Saúde do Centro e a directora geral da Novartis - Martins Nunes, José Tereso e Cristina Campos, respectivamente -, vários doentes transplantados e os seus médicos testemunharam o sucesso destas intervenções.
"[O transplante hepático] permitiu-me ver mais além, o futuro próximo, vejo-me tão bem que decidi adoptar uma criança", relatou uma doente, transplantada em 2008 no Hospital Curry Cabral.
Na sessão, foi lançada a campanha da SPT com o apoio da empresa Novartis "Doar um rim faz bem ao coração".
Fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/saude/23-07-12/sociedade-portuguesa-de-transplantacao-defende-analise-da-diminuicao-da-c
"Após tempos de extraordinário sucesso que nos habituaram a níveis de colheita de órgãos e de transplantação, que nos colocaram na vanguarda mundial, desde 2010 que a colheita de órgãos não cessa de descer em Portugal (..), com níveis preocupantes durante o corrente ano. Temos que reunir esforços para analisar esta situação e tentar inverter este rumo", defendeu.
Na sua perspectiva, "é absolutamente urgente o levantamento e análise profunda do que se passa, para relançar de novo a colheita de órgãos".
O presidente da SPT falava na sessão solene de comemoração do Dia do Transplante, que decorreu no auditório do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), reunindo cerca de 330 doentes e familiares, médicos e outros profissionais desta área e vários responsáveis do sector da saúde.
"Impõe-se que todos os hospitais onde seja efectuado o diagnóstico de morte cerebral e tenham condições de suporte intensivo se constituam obrigatoriamente como hospitais de colheita e que sejam aí criadas as condições logísticas que conduzam e estimulem a colheita de órgãos", frisou.
Para o presidente da SPT, "deve ser permanentemente escrutinada e mesmo auditada a actividade das unidades onde pode ser efectuada identificação de dadores e colheita de órgãos, para se garantir que todos os potenciais dadores são referenciados".
A organização das estruturas que coordenam a colheita de órgãos em Portugal "tem que ser reformulada para acabar com ineficiências localizadas" e a estrutura de transplantação nacional "necessita de ser repensada", preconizou ainda o médico do CHUC.
"A colheita em dador com coração parado em Portugal espera há demasiado tempo por orientações legais e logísticas", frisou Fernando Macário.
Ao intervir na sessão, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, disse que a instituição deverá, até ao final do ano, aprovar os critérios para a colheita em dador com coração parado.
"A transplantação é, sem dúvida, uma das actividades que mais possibilidades dá de se virem a contar histórias felizes, e felizes muitos doentes por contar essa história", afirmou o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Hélder Trindade.
Na sessão, em que também intervieram os presidentes do CHUC e da Administração Regional de Saúde do Centro e a directora geral da Novartis - Martins Nunes, José Tereso e Cristina Campos, respectivamente -, vários doentes transplantados e os seus médicos testemunharam o sucesso destas intervenções.
"[O transplante hepático] permitiu-me ver mais além, o futuro próximo, vejo-me tão bem que decidi adoptar uma criança", relatou uma doente, transplantada em 2008 no Hospital Curry Cabral.
Na sessão, foi lançada a campanha da SPT com o apoio da empresa Novartis "Doar um rim faz bem ao coração".
Fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/saude/23-07-12/sociedade-portuguesa-de-transplantacao-defende-analise-da-diminuicao-da-c
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