Segunda-feira, 10 de Novembro de 2008
Jornal Destak 10 Nov. 2008 - Fim dos incentivos atribuidos aos médicos
"Ontem, alguns doentes tornaram público o receio de que o fim dos incentivos atribuídos aos médicos, prejudique a sua disponibilidade para efectuar transplantes.Defende que o sistema é vital ao bom funcionamento do sistema nacional de saúde ou, pelo contrário, que só demonstra que algo vai mal na saúde em Portugal?O Destak convida os seus leitores e internautas interessados a comentar este tema.Partilhe a sua opinião.Serão seleccionados alguns dos melhores comentários para aparecerem na edição de papel do jornal.Por favor, assinem os comentários, nem que seja com iniciais ou o primeiro nome e, se possível, com a vossa localidade."(deixem os vossos comentários no jornal destak on line de 10 Nov. 2008)http://www.destak.pt/artigos.php?art=7874#comments5 comentáriosO meu nome é Sandra Campos, fui transplantada aos pulmões no dia 5 Maio de 2005, em Espanha, no Hospital da Corunha. A todos aqueles que sentem " receio de que o fim dos incentivos atribuídos aos médicos, prejudique a sua disponibilidade para efectuar transplantes", queria partilhar a minha experiência. Vivi neste país (na cidade da Corunha) e senti como realmente funciona bem um Sistema de Saúde. Desde a recolha de orgãos, passando pela Organização de Transplantes, aos médicos, às próprias estruturas hospitalares. Tudo funciona, os médicos trabalham incansavelmente para salvar vidas. Sente-se no ar a vontade de salvar, pois foi para isso que em tempos fizeram um juramento no qual não estava includos incentivos! Os tempos mudam, as carreiras vão evoluindo e a ganância também...já nada se faz sem incentivos! É lamentável! Mas na Corunha não... os médicos "matam-se" a trabalhar para salvar vidas...se há incentivos são bem aplicados! Mas incentivos para quem nada faz? Serão bem aplicados? Não concordo...Portugal tem que se habituar a produzir e só depois pedir... Já lá dizia o ditado "quem não trabuca não manduca".É vergonhoso que os nossos médicos (tirando algumas excepções) tentem por todos os meios fazer-nos querer que é melhor não avançar para o Transplante Pulmonar, é vergonhoso que continuem a alimentar esperanças dizendo-nos que o “processo está a avançar” quando na realidade nem começou ou estar parado, encravado algures no meio de um processo mesquinho de interesses pessoais, económicos e políticos, mal esclarecidos. É vergonhoso que não deixem os portugueses escolherem o país onde querem ser tratados e nem lhes seja dada uma possibilidade de lutar pela vida. É vergonhoso que não fechem as “pseudo-unidades” de Transplantes Pulmonares. É vergonhoso que a nossa Ministra da Saúde não tenha declarações a prestar! No meio disto tudo, o único que não é vergonhoso é ainda haver alguma inteligência em entender que é necessário avisar Espanha (Corunha) quando há uma possibilidade de um dador. É vergonhoso nem termos capacidade para realizar a recolha dos órgãos e ter que ser as equipas médicas espanholas a virem a Portugal fazer a recolha e levar os órgãos a tempo de salvar vidas. E, ao contrário do que possam pensar, muitas das vezes, vidas de portugueses que se encontram na Corunha em lista de espera. Como já disse, mais do que uma vez, não estamos a ser beneméritos permitindo que pulmões vão para Espanha. È melhor irem para Espanha e salvarem vidas, graças às equipas médicas espanholas, do que ficarem cá, patrioticamente, sem qualquer utilidade. E com tudo isto, afinal, nem merecemos os incentivos! Sandra Campos sandraalvescampos@gmail.com
Jornal Destak 10 Nov. 2008 - Fim dos incentivos atribuidos aos médicos
"Ontem, alguns doentes tornaram público o receio de que o fim dos incentivos atribuídos aos médicos, prejudique a sua disponibilidade para efectuar transplantes.Defende que o sistema é vital ao bom funcionamento do sistema nacional de saúde ou, pelo contrário, que só demonstra que algo vai mal na saúde em Portugal?O Destak convida os seus leitores e internautas interessados a comentar este tema.Partilhe a sua opinião.Serão seleccionados alguns dos melhores comentários para aparecerem na edição de papel do jornal.Por favor, assinem os comentários, nem que seja com iniciais ou o primeiro nome e, se possível, com a vossa localidade."(deixem os vossos comentários no jornal destak on line de 10 Nov. 2008)http://www.destak.pt/artigos.php?art=7874#comments5 comentáriosO meu nome é Sandra Campos, fui transplantada aos pulmões no dia 5 Maio de 2005, em Espanha, no Hospital da Corunha. A todos aqueles que sentem " receio de que o fim dos incentivos atribuídos aos médicos, prejudique a sua disponibilidade para efectuar transplantes", queria partilhar a minha experiência. Vivi neste país (na cidade da Corunha) e senti como realmente funciona bem um Sistema de Saúde. Desde a recolha de orgãos, passando pela Organização de Transplantes, aos médicos, às próprias estruturas hospitalares. Tudo funciona, os médicos trabalham incansavelmente para salvar vidas. Sente-se no ar a vontade de salvar, pois foi para isso que em tempos fizeram um juramento no qual não estava includos incentivos! Os tempos mudam, as carreiras vão evoluindo e a ganância também...já nada se faz sem incentivos! É lamentável! Mas na Corunha não... os médicos "matam-se" a trabalhar para salvar vidas...se há incentivos são bem aplicados! Mas incentivos para quem nada faz? Serão bem aplicados? Não concordo...Portugal tem que se habituar a produzir e só depois pedir... Já lá dizia o ditado "quem não trabuca não manduca".É vergonhoso que os nossos médicos (tirando algumas excepções) tentem por todos os meios fazer-nos querer que é melhor não avançar para o Transplante Pulmonar, é vergonhoso que continuem a alimentar esperanças dizendo-nos que o “processo está a avançar” quando na realidade nem começou ou estar parado, encravado algures no meio de um processo mesquinho de interesses pessoais, económicos e políticos, mal esclarecidos. É vergonhoso que não deixem os portugueses escolherem o país onde querem ser tratados e nem lhes seja dada uma possibilidade de lutar pela vida. É vergonhoso que não fechem as “pseudo-unidades” de Transplantes Pulmonares. É vergonhoso que a nossa Ministra da Saúde não tenha declarações a prestar! No meio disto tudo, o único que não é vergonhoso é ainda haver alguma inteligência em entender que é necessário avisar Espanha (Corunha) quando há uma possibilidade de um dador. É vergonhoso nem termos capacidade para realizar a recolha dos órgãos e ter que ser as equipas médicas espanholas a virem a Portugal fazer a recolha e levar os órgãos a tempo de salvar vidas. E, ao contrário do que possam pensar, muitas das vezes, vidas de portugueses que se encontram na Corunha em lista de espera. Como já disse, mais do que uma vez, não estamos a ser beneméritos permitindo que pulmões vão para Espanha. È melhor irem para Espanha e salvarem vidas, graças às equipas médicas espanholas, do que ficarem cá, patrioticamente, sem qualquer utilidade. E com tudo isto, afinal, nem merecemos os incentivos! Sandra Campos sandraalvescampos@gmail.com
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