domingo, 17 de maio de 2009

Portugal em segundo no Mundo com orçamento de 1,9 mil milhões (Fonte: CM - 17 Maio 2009)


Transplantes: Portugal em segundo no Mundo com orçamento de 1,9 mil milhões


Em 2008 houve 745 transplantes de córneas, 387 de medula, 4 de pulmão, 14 de pâncreas, 42 de coração, 273 de fígado e 524 de rim. A recolha de tecidos permitiu salvar vítimas de queimaduras e malformações cardíaca


Duas mil vidas salvas em 2008Portugal regista o segundo lugar no Mundo de órgãos colhidos e transplantados, com 26,7 dadores por cada milhão de habitantes. Valor que permitiu salvar 1991 vidas no último ano. Um dos programas públicos do Mundo mais eficaz representa um investimento anual de 1,910 mil milhões de euros, divulgou o Ministério da Saúde. Mas os resultados alcançados – como ter, a seguir à Alemanha, a mais completa base de dadores de medula óssea – passam também pelo sentido de solidariedade. Nas últimas semanas, perto de cinco mil pessoas inscreveram-se como possíveis dadores perante os casos de leucemia de Marta Ramos e Teresa Brissos.
Para a coordenadora nacional das unidades de colheita de órgãos, tecidos e células para transplantação, Maria João Aguiar, "apesar de nos últimos anos ter havido uma recuperação face à média dos dez anos anteriores, de 19,2 dadores por um milhão de habitantes, há ainda muito a fazer". Em 2006 foram recolhidos 190 órgãos de dadores-cadáveres, enquanto que no ano passado foram realizadas 283 colheitas, o que se traduz num acréscimo de 49%.
Com 14 cirurgias em 2008, "o transplante do pâncreas é aquele que apresenta maior preocupação", explica a responsável. "É necessário que a colheita dos transplantes que se realizam no Hospital de S. João, no Porto, se estenda a todo o País para fazer face aos 50 doentes que estão em espera."
Face à média europeia, Portugal surge mal classificado na taxa de transplantes pulmonares. São realizados 0,37 por cada milhão de habitantes, enquanto a média europeia é de 2,28. Maria João Aguiar defende, contudo, melhores resultados para este ano. Ao longo de 2008 foram realizados quatro transplantes, enquanto nos primeiros quatro meses deste ano já foram efectuados três, no Hospital de Santa Marta, em Lisboa. Ainda este ano está previsto um acréscimo maior, com a entrada em funcionamento de transplantes pulmonares em Coimbra.
Com 524 transplantes de rim, em 2008, pela primeira vez em dez anos houve uma redução do número de doentes em lista de espera, de 2320 para 2260.
Maria João Aguiar defende que para os resultados de 2008 contribuiu a criação da rede de Coordenadores Hospitalares de Doação, acrescentando que uma outra das vantagens "é termos como país vizinho aquele que apresenta melhores resultados". Até ao final deste ano, foi estabelecida para Portugal uma meta de trinta transplantes por milhão de habitantes.
É também no exemplo espanhol que Helder Trindade, director do CEDACE (Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão), defende para Portugal uma maior recolha de tecidos, nomeadamente de ossos. Diferente foi o crescimento do número de potenciais dadores de medula óssea de 1800, em 2003, para cerca de 160 mil. Helder Trindade lança, contudo, o apelo para que pessoas originárias de África, Ásia e América Latina participem também.
"TRANSPLANTE INÉDITO" (Manuel Antunes, Centro Cir. Cardiotorácica HUC)
Correio da Manhã – Como se processou o transplante simultâneo de coração e rim, inédito no País?
Manuel Antunes – Embora do ponto de vista técnico sejam dois transplantes independentes, verificado que a operação do coração foi bem sucedida, a equipa do Serviço de Urologia e Transplantação Renal efectuou o transplante de um rim.
– Como está a reagir o doente?
– Deverá ter alta dentro de duas semanas e nos próximos dois dias fará exercícios na bicicleta.
– O paciente tinha já beneficiado de um transplante?
– Há nove anos foi submetido a um transplante de fígado. O doente, de 60 anos, sofre de tumor e a medicação levou a insuficiência cardíaca e renal grave. n
O MEU CASO: NOVA VIDA APÓS O TRANPLANTE (Manuel Lourosa)
Leucemia mielóide crónica. Estas palavras foram há 13 anos para Manuel Lourosa como que uma sentença de morte. "Havia pouca informação", relembra. Felizmente, passado um ano, conseguiu fazer o transplante que lhe valeu a cura. Agora tem uma vida normal e feliz.
Aos primeiros sintomas não atribuiu importância. Era coordenador comercial de uma multinacional e desculpava o cansaço com o excesso de trabalho. Só algum tempo depois recorreu a um médico e identificou a doença.
"Tenho uma família grande, com cinco irmãos e uma irmã. Ela era compatível. Foi uma grande sorte", recorda. Todavia, nem tudo correu bem à primeira tentativa. "Foi um pouco duro passar pela experiência da rejeição, até porque não estava à espera", relatou ao CM. Ainda recorda de forma penosa os seis meses que passou em isolamento no seu quarto.
Também o filho, Ricardo, que na altura tinha 11 anos, lembra os tempos difíceis quando, ainda criança, teve de ultrapassar com a família a época conturbada que o pai passou. "Foi estranho para mim vê-lo assim. Mesmo estando em casa não podia estar com ele", relata.
À segunda tentativa foi de vez e até hoje nunca mais teve problemas. Manuel só não conseguiu voltar ao mercado de trabalho. "O tempo passou e quando tentei regressar à empresa já tinha alguém no meu lugar. Optei pela reforma", explica Manuel Lourosa, de 59 anos.
A experiência fez com que se envolvesse na ajuda aos doentes, sendo membro da Associação Portuguesa de Leucemia e Linfomas.
PERFIL
Manuel Lourosa, de 59 anos, era um atarefado coordenador comercial de uma multinacional quando soube que tinha leucemia. Após uma luta tenaz, ultrapassou o problema com a ajuda importante da família.
CASOS
MARTA
A menina de 4 anos, a quem foi diagnosticada Leucemia Mioloblástica Aguda – uma das piores formas deste tipo de cancro –, aguarda um dador.
INDECISÃO
Sónia Raquel, de 12 anos, já tem um dador compatível. Os médicos estão, no entanto, indecisos para avançar já para o transplante.
TERESA
A leucemia aguda da jovem de 17 anos, residente em Beja, e a falta de dadores compatíveis, levaram amigos e familiares a lançar um apelo à doação.
NOTAS
TECIDOS RECOLHIDOS
Foram recolhidos tecidos, como pele, ossos, córneas, em 230 dadores de coração parado, em 2008.
52 DADORES VIVOS
Em 2008, houve um aumento de 36,8% na colheita de órgãos em 52 dadores vivos de fígado e rim.
DERRAME MATA MAIS
Entre os 283 dadores cadáver, a principal causa de morte foi um derrame cerebral: 65% dos casos.
João Saramago

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