Laboratórios de análises recebem cada vez mais pedidos das unidades de saúde. A análise ao H1N1 nunca demora menos de oito horasA procura de testes da gripe A nos laboratórios do sector privado disparou nas últimas semanas e até hospitais públicos e privados recorrem a estes serviços. Germano Sousa, presidente da Associação Portuguesa de Analistas Clínicos, explica que só o Centro de Medicina Laboratorial, que dirige, chega a fazer 180 análises ao H1N1 por dia - tantas como o Instituto Ricardo Jorge (Insa), o laboratório de referência da rede pública.
"Temos feito testes a pedido de médicos, hospitais públicos e privados", disse ao DN. No Celab, onde no mês de Setembro se tinham feito perto de 60 testes, fazem-se agora 15 a 20 por dia. "A maioria são prescritos pelo médico assistente e há pessoas que fazem por iniciativa própria. Ainda não fazemos para hospitais mas já fomos sondados", revela Távora Tavira, director médico do grupo.
A rede pública inclui oito laboratório, coordenados pelo Insa, que demora até 24 horas a dar resposta a doentes prioritários e o dobro do tempo aos restantes.
Por isso, diz Pedro Lopes, da Associação de Administradores Hospitalares, compreende-se que algumas pessoas optem pelo privado. E apesar de muitos hospitais do público usarem esta rede, os EPE (Entidade Pública Empresarial) têm liberdade de escolha, para procurar a solução mais rápida.
No entanto, o teste nunca demora menos de oito horas, explica Germano de Sousa. "Se a colheita for feita de manhã a pessoa tem o teste no próprio dia. Se não, só no dia seguinte", explica.
A subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, explica que quem comprovou a sua infecção através dos testes não precisa de receber a vacina, uma vez que já está protegido. Nos casos em que a pessoa não tem a certeza de ter contraído o vírus H1N1, pode ser vacinada na mesma - até porque os testes são cerca de 20 vezes mais caros do que a vacina.
Sobre as 54 mil doses da primeira remessa, Graça Freitas adiantou que só na próxima segunda-feira será feito o primeiro balanço de quantas foram administradas. Até ao momento, foram registadas apenas quatro reacções adversas à vacina contra a gripe A. "As reacções relatadas incluíram dor e edema no local da injecção, bem como febre ligeira e indisposição", disse o Infarmed à Lusa.
Segundo Graça Freitas, entre duas e três centenas de escolas têm neste momento casos de Gripe A, mas é normal que em breve existam casos em todos os estabelecimentos de ensino. No Barreiro, foram ontem mandadas para casa mais cinco turmas, após os alunos apresentarem sintomas.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1412186

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