sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

3 - Doenças Pulmonares que levam ao Transplante Pulmonar

Tenho dedicado este blog, a nível de patologias pulmonares, especialmente à Fibrose Quística, no entanto há muitas mais doenças pulmonares que na sua fase final também obrigam ao Transplante Pulmponar.

Uma das transplantadas pulmonares - Mónica Meneses - Fez uma pesquisa de algumas dessas patologias pulmonares para colocar aqui no blog.

Também podem encontrar, aqui no blog, outro artigo sobre a Hipertensão Pulmonar.
Obrigada,
Sandra Campos

Pneumonia de hipersensibilidade
A pneumonia de hipersensibilidade, também conhecida por (alveolite alérgica, pulmão do fazendeiro, pulmão de humidificador, doença do colhedor de cogumelos).
Define-se como uma inflamação nos pulmões provocada pela exposição a alguma substância alergénica (substância estranha), geralmente um pó orgânico.
Causas, incidência e factores de risco:
É uma doença ocupacional, na qual a pessoa está exposta a resíduos orgânicos (pós), fungos ou mofos, os quais levam a uma doença aguda e, consequentemente, a uma doença pulmonar crónica. Os fungos podem também estar presentes em humidificadores, sistemas de calefacção e ar condicionado.
A doença na forma aguda, se um indivíduo desenvolveu hipersensibilidade a uma poeira orgânica, normalmente ele apresenta, os seguintes sintomas:
Febre
Tosse,
Calafrios,
Dificuldade respiratória,
Fadiga,
Roncos e sibilos
Perda de peso (involuntária)
Perda de apetite
Sintomas que podem ocorrerem dentro de 4 a 8 horas, após a exposição ao antigénio.
Outros sintomas podem incluir a perda de apetite, náuseas e vómitos.
A doença crónica poderá se desenvolver e suas modificações poderão ser vistas por meio de observações de raios X do tórax. A realização de provas funcionais respiratórias – que medem a capacidade pulmonar de retenção de ar e as capacidades inspiratória e expiratória, assim como a troca de oxigénio e de dióxido de carbono – podem auxiliar o médico a estabelecer o diagnóstico de pneumonia de hipersensibilidade.
A dosagem de anticorpos no sangue podem confirmar a exposição ao antigénio suspeito. Quando não é possível realizar a identificação do antigénio e o diagnóstico for duvidoso, pode ser realizada uma, broncoscopia (exame das vias aéreas com o auxílio de um tubo de visualização) ou biopsia pulmonar (remoção de um pequeno fragmento de tecido pulmonar, que é submetido a um exame microscópico).
Prevenção e Tratamento
A melhor prevenção é evitar a exposição ao antigénio. Contudo, esse procedimento é impraticável se o indivíduo não puder mudar de trabalho. A eliminação ou a redução da poeira e o uso de máscaras protectoras ajuda a evitar as recorrências.
Os indivíduos que apresentam um episódio agudo de pneumonia de hipersensibilidade geralmente recuperam evitando novos contactos com a substância.
Se o episódio for grave, os corticosteróides reduzem os sintomas e ajudam a diminuir a inflamação severa. Os episódios prolongados ou recorrentes podem levar a uma doença irreversível. A função pulmonar pode tornar-se tão comprometida que o indivíduo irá necessitar de oxigénio.
As doenças pulmonares do tipo ocupacional podem levar a uma fibrose pulmonar intersticial difusa e sua incidência é de 1 em cada 10.000 pessoas.

Fibrose pulmonar intersticial difusa
A Fibrose pulmonar intersticial difusa, também conhecida por (alveolite fibrótica; doenças fibróticas do pulmão; distúrbios intersticiais do pulmão).
Define-se como uma série de distúrbios, caracterizados pela cicatrização e hipotrofia dos tecidos pulmonares profundos, levando à falta de ar.
Causas, incidência e factores de risco:
A fibrose pulmonar intersticial difusa refere-se a uma série de distúrbios do trato respiratório inferior que leva à perda das unidades alveolares funcionais (saco de ar) e limita a transferência de oxigénio do ar para o sangue. Ocorre uma inflamação disseminada e acúmulo de tecido cicatricial dentro do tecido do pulmão. Há aproximadamente 180 distúrbios diferentes dentro da classificação da doença, que são posteriormente classificadas por causas conhecidas e desconhecidas.
As causas conhecidas da fibrose pulmonar intersticial difusa são várias e incluem pós orgânicos e não – orgânicos, gases, vapores, medicamentos, radiação e certas infecções pulmonares, tais como:
Pneumonite por hipersensibilidade
Pneumoconiose de mineiros
Silicose
Bissinose (pó de algodão).
São algumas das doenças pulmonares ocupacionais que podem levar à fibrose pulmonar intersticial difusa.
A causa também pode ser desconhecida (fibrose pulmonar intersticial difusa idiopática).
Sintomas:
Falta de ar mesmo em descanso que dura por meses ou anos
Tosse
Dor torácica
Diminuição da tolerância a actividades físicas
Os factores de risco estão relacionados às causas conhecidas desses distúrbios. O tabagismo aumenta esse risco. Pessoas com mais de 40 anos são afectadas mais frequentemente.
A incidência é 1 em cada 1000 pessoas.
Sintomas que podem estar associados a esta doença:
Rubor nasal (Aumento no tamanho das narinas durante a respiração)
Anormalidade nas unhas (cor, formato, textura ou espessura anormais)
Respiração rápida (Respiração excessiva, rápida e profunda resultando na redução de dióxido de carbono no sangue)
Tratamento:
A exposição a agentes conhecidos por serem causadores de doenças pulmonares (pós orgânicos e não-orgânicos, gases, fumaças, vapores, medicamentos e radiação) deve ser restringida.
Medicamentos como corticosteróides, podem ser administrados para suprimir o sistema imunológico.
O transplante de coração e pulmão e apenas pulmão podem ser indicados para pacientes altamente seleccionados com fibrose pulmonar.
Fibrose pulmonar intersticial difusa idiopática
Define-se, cicatrização e espessamento dos tecidos pulmonares profundos, de causa desconhecida.
Causas, incidência e factores de risco:
A fibrose pulmonar intersticial difusa idiopática é um grupo de doenças do trato respiratório inferior que leva à perda das unidades alveolares funcionais (bolsas de ar) e à restrição da transferência de oxigénio do ar para o sangue.
Há uma inflamação difusa e depósito de tecido cicatricial no tecido pulmonar. O dano no tecido pulmonar ocorre como uma resposta do sistema imunológico de causa desconhecida (idiopática significa "causa desconhecida"). A doença é mais comum em homens do que em mulheres e ocorre com maior frequência em pessoas entre 60 e 70 anos de idade.
Sintomas:
Falta de ar (com esforço que dura por meses ou anos e eventualmente se apresenta em repouso)
Diminuição da tolerância às actividades
Tosse dor no peito
Ausência temporária da respiração
Tratamento:
O objectivo do tratamento é a terapia de suporte, pois não há tratamento curativo.
Medicamentos como corticosteróides, podem ser administrados para suprimir o sistema imunológico.
O transplante de coração e pulmão e apenas pulmão, podem ser indicados para pacientes altamente seleccionados com fibrose pulmonar.
http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/index.htm
http://estudandoraras.blogspot.com/2009/07/pneumonite-por-hipersensibilidadealveol.html

3 comentários:

  1. bronquectasias junto com asma severa leva a um tranplante de pulmao ?

    ResponderEliminar
  2. bronquectasia junto com asma severa pode levar a um transplante de pulmao . ?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Bom dia,
      Obrigada pelo seu comentário/ pergunta no blog.
      No meu caso, ss bronquiectasias criadas pela Fibrose Quistica e constantes infecçoes levaram à diminuiçao da funçao pulmonar e levaram-me a ter que fazer o meu transplante bi-pulmonar. Foi a minha salvaçao.

      Mas cada caso é um caso, aconselho a falar em detalhe sobre a sua situaçao com o seu médico e se lhe disserem que por algum motivo deve fazer o transpante pulmonar apenas posso dizer avance sem medos porque nas fases terminais de doenças pulmonares nao temos uma vida boa, saudável e independente. Pelo contrário estamos sempre com infecçoes, internados, cansados e sem forças para nada.
      O transplante pulmonar volta a DAR VIDA e voltamos a poder saborear o bom da vida com energia e saúde.

      Se for o caso, nao deixe arrastar os processos e tenha a certeza que todos os exames pre transplante estao feitos e para onde o querem realmente mandar - Santa Marta ou Corunha ou outro hospital fora do país. Sao processos burocráticos longos e complicados e é sempre uma luta contra o tempo.

      Entretanto, a ginástica respiratória diária é muito importante para manter o melhor funcionamento possivel dos pulmoes e bronquios.

      Força e caso seja necessário mais algum esclarecimento pode escrever directamente para o meu mail sandraalvescampos@gmail.com

      Um abraço,
      Sandra Campos

      Eliminar

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Obrigada a toda a equipa da TV Ciência pela oportunidade de divulgar esta doença rara chamada Fibrose Quistica. Não se falou nos Transplantes Pulmonares mas gostaria de deixar aqui a esperança para todos os que sofrem desta doença que o Transplante Pulmonar pode ser a única salvação numa fase muito avançada e terminal da F.Q.

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