sexta-feira, 4 de junho de 2010

O mau funcionamento das Associações de Doentes em Portugal

Há 100 associações de doentes em Portugal


Existem em Portugal cerca de cem associações de doentes, metade das quais tem “actividade regular intensa” e com “intervenção importante” no plano político, disse à agência Lusa o sociólogo João Arriscado Nunes.

O investigador é o responsável pelo projecto “Associações Europeias de Doentes na Sociedade do Conhecimento”, que é apoiado pela Comissão Europeia e será divulgado esta sexta-feira na Figueira da Foz no encontro “Doentes e Cidadãos”, organizado pelo jornal Ciência Hoje e pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.

Ao contrário do que acontece noutros países europeus, como França, em que existe uma lei sobre a constituição de associações e onde existe uma lista pública destas entidades, Portugal não tem esse registo.

Um dos trabalhos do projecto foi justamente criar uma base de dados sobre o número de associações de doentes em Portugal, através de pesquisas na Internet, listas telefónicas, imprensa e contactos com associações.

“Estimamos que exista uma centena de associações de doentes em Portugal. Cerca de metade tem uma actividade regular, intensa e publicamente visível”, disse o sociólogo à agência Lusa.

O papel destas associações tem vindo a crescer em Portugal e, segundo Arriscado Nunes, estão a “ser dados passos no sentido de reconhecer, de maneira formal, as associações como parceiros importantes, como acontece noutros países”.

“Começam a ser cada vez mais interlocutores importantes dos médicos, de investigadores e do Estado”, disse, acrescentando: “Tentam dialogar com o Ministério da Saúde para assegurar certos tipos de direitos para os seus membros”.

Nalguns casos desempenham “um conjunto de novas práticas e novas funções que não existiam dentro do Serviço Nacional de Saúde” devido a um “conhecimento mais directo e mais íntimo” da doença.

“Isto não quer dizer que os serviços de saúde sejam ineficazes, significa que há certas funções que não têm condições para desenvolver. Por isso, é muito importante esta colaboração”, adiantou.

As associações de doentes são normalmente constituídas por doentes, familiares ou cuidadores e têm várias missões, como garantir a circulação de informação sobre a doença entre os seus membros.

“Podem ser organizações de entreajuda e terem algum tipo de envolvimento com investigação biomédica, como contribuir para o financiamento da investigação ou os seus membros serem voluntários para ensaios clínicos”, explicou. Permitem ainda disponibilizar recursos aos doentes.

Quanto à relação destas associações com a indústria farmacêutica, o sociólogo diz que, em Portugal, como noutros países, é “muito variada”.

“É uma situação que não é fácil de gerir, exige muita negociação e uma certa capacidade para manter os termos da parceria”, admitiu.

Existem outros casos em que as associações recusam qualquer tipo de relação com os laboratórios e outros em que as associações foram promovidas pela indústria, “mas não é o grosso das associações”, acrescentou.

Fonte: http://www.rcmpharma.com/news/8524/15/Ha-100-associacoes-de-doentes-em-Portugal.html

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