sábado, 27 de novembro de 2010

Governo britânico não vai implementar substituição por genéricos


Governo britânico não vai implementar substituição por genéricos


O governo britânico decidiu não avançar com os planos para a substituição automática por medicamentos genéricos nos cuidados primários, anunciou o ministro da Saúde britânico, Lord Howe, citado pelo site The Pharma Letter.

Na sequência de uma consulta pública, o governo já publicou a sua resposta, que descreve as razões pelas quais a proposta que permitiria aos farmacêuticos substituir medicamentos de marca por genéricos no momento da dispensa da receita não vai ser agora implementada pelo Serviço Nacional de Saúde na Inglaterra (NHS).

Lord Howe afirmou: "Sabemos que há uma economia valiosa para ser feita a partir da utilização de medicamentos genéricos, nos casos onde é clinicamente apropriado. No entanto, acreditamos que as propostas para impor a substituição genérica nos cuidados primários são demasiado prescritivas".

O ministro continuou: "Temos escutado as preocupações do público, dos pacientes e de outras partes interessadas sobre as propostas legislativas para permitir que o farmacêutico faça a substituição de um medicamento de marca por um medicamento genérico. Também não está claro se as propostas trariam um benefício substancial para o NHS. É por isso que decidimos não avançar com a implementação nacional. Queremos que os pacientes recebam os medicamentos que o seu médico recomenda, com o melhor preço para o contribuinte. Os pacientes devem ser assegurados de que estamos a procurar formas mais adequadas de apoio à utilização de medicamentos genéricos e, a longo prazo, a definição do preço baseado no valor que o produto traz vai ajudar a garantir que pagamos um preço pelos fármacos que melhor reflecte o seu valor”.

ABPI: “A mistura certa de medicamentos de marca e genéricos é vital”


Como o governo decidiu contra substituição por genéricos no NHS, a Associação da Indústria Farmacêutica Britânica (ABPI) reiterou o seu apoio ao equilíbrio entre medicamentos genéricos e de inovação em tempos de restrição financeira, e congratula-se com o compromisso contínuo do governo britânico com o acordo de regulamento de preço dos medicamentos (Pharmaceutical Price Regulation Scheme -  PPRS).

Richard Barker, director-geral da ABPI, disse: "Os medicamentos genéricos têm um papel vital no NHS. A maioria das prescrições no Reino Unido são preenchidas com medicamentos sem patentes, mas muitos pacientes necessitam de medicamentos de marca modernos para serem adequadamente tratados. No entanto, vemos partes do NHS a trocar de forma inadequada os medicamentos para esses pacientes por medicamentos genéricos de baixo custo, colocando, assim, em risco o seu bem-estar. É vital que os doentes, e não metas financeiras a curto prazo, venham em primeiro lugar na escolha dos medicamentos de prescrição".

"O Reino Unido no fundo da lista da Europa no que toca à captação de medicamentos inovadores, apesar de ter entre os preços mais baixos. O NHS está a receber um grande volume de ambos os medicamentos de marca e genéricos e por isso pode usar a combinação correcta dos dois para reduzir o peso a longo prazo da doença, e prestar, desta forma, cuidados custo-benéficos. Esta é a solução ideal para os pacientes, para o NHS e para o sector das ciências da vida da Grã-Bretanha que é líder mundial", disse Barker.

O director-geral da ABPI acrescentou ainda que "a estabilidade oferecida pelo compromisso do governo com a continuação do PPRS para 2014 é vital. O acordo irá ajudar a manter o investimento e dar tempo para uma cuidadosa co-criação de um novo contrato, baseado em valores, entre o governo e a indústria – mantendo o acesso dos pacientes aos medicamentos como o nosso foco principal".

Emig satisfeito com decisão de abandonar os planos de substituição por genéricos


Respondendo à notícia,  o Emig (Ethical Medicines Industry Group) disse que está satisfeito com a decisão do Governo britânico de não prosseguir com as propostas para introduzir a substituição genérica automática nos cuidados primários.

Leslie Galloway, presidente da Emig, disse: "A introdução de substituição por genéricos tem enfrentado a oposição de pacientes, profissionais e indústria. Estamos muito satisfeitos porque o Governo ouviu as nossas preocupações e abandonou as suas propostas para implementar este sistema caro e indesejado. Os membros da Emig opuseram-se à introdução da substituição por genéricos porque acreditam que pode ser prejudicial para a segurança do paciente".

Além disso, “o Emig acredita que a substituição por genéricos não teria como resultado uma economia significativa para o NHS, uma vez que cerca de 83% dos medicamentos já são prescritos de forma genérica. Na verdade, esta medida pode mesmo ter elevado a conta do NHS com medicamentos, ao eliminar qualquer incentivo para o desenvolvimento contínuo de medicamentos que oferecem uma maior escolha ao paciente”,  disse o responsável, acrescentando que “o Emig continuará a trabalhar com o Governo para apoiar o uso de medicamentos genéricos, de uma forma que seja aceitável para os pacientes, garantindo simultaneamente que o Reino Unido continua a ser um dos países com os preços mais baixos de medicamentos na Europa".

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