O Serviço de Nefrologia do Hospital de São João (HSJ), no Porto, tem, actualmente, um dos maiores programas europeus de insuficientes renais crónicos em tratamento com Diálise em Casa (DC). São mais de 120 doentes em DC, um número bastante acima da média europeia e claramente superior ao inicialmente previsto no arranque do projecto, que apontava para 60 a 70 doentes, avança o hospital, em comunicado enviado ao RCM Pharma.
A Insuficiência Renal Crónica (IRC) é uma patologia que se caracteriza pela diminuição progressiva da função renal. As causas podem ser várias mas, geralmente, caracteriza-se por uma incapacidade dos rins de proceder à eliminação de certos resíduos produzidos pelo organismo, o que afecta o controlo da composição dos líquidos que constituem o interior do corpo humano. Assim que a função renal perde cerca de 80% da capacidade de funcionamento, deixa de ser possível viver sem um tratamento de substituição. Existem duas opções terapêuticas para a doença: Transplante de Rim (substituição de um órgão doente por um órgão são) e Diálise (substituição da função renal através de meios artificiais). Dentro da diálise, os profissionais de saúde e os doentes têm duas opções: fazer o tratamento em casa (DC) ou num hospital ou clínica privada (Hemodiálise – HD).
“A Hemodiálise e a Diálise em Casa têm exactamente a mesma eficácia terapêutica, no entanto, a segunda é claramente mais vantajosa para o doente e o Serviço Nacional de Saúde: não existe acesso vascular, o que diminui a probabilidade de infecções, o doente faz o tratamento na comodidade do lar e à hora que preferir, o que representa ganhos consideráveis em termos de qualidade de vida, e é muito mais económico para o Estado, uma vez que se poupa em solutos e transporte”, explica o Prof. Manuel Pestana, Director do Serviço de Nefrologia do HSJ.
O responsável do HSJ acredita que o caso de sucesso do seu serviço se deve à boa experiência partilhada entre os doentes e reforça a ideia de que a responsabilização do doente e o direito à opção informada é uma mais-valia na gestão da patologia.
Portugal é um dos países da Europa com maior taxa de doentes com IRC e estima-se que mais de 16 mil portugueses necessitam de uma técnica de substituição da função renal condicionante da vida quotidiana. Apesar de ser uma terapêutica que permite uma maior autonomia e estabilidade na rotina diária dos doentes de IRC, a DC é ainda pouco utilizada em Portugal, não tendo a expressão da realidade europeia. De facto, e de acordo com dados de 2010, dos cerca de 10.800 doentes a fazer terapêutica de diálise, aproximadamente 10.150 realizam tratamento de Hemodiálise em centro (90% dos quais em Clínicas Privadas) e apenas 650 fazem Diálise em Casa.
Fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/saude/23-11-11/hospital-de-sao-joao-e-referencia-internacional-no-tratamento-da-insufici
Dedico este blog ao meu Transplante Pulmonar que me salvou a vida, no dia 9 de Maio de 2005 e ao meu Transplante Renal com dador vivo, no dia 25 de Março de 2015, ambos realizados no Hospital Juan Canalejo, na La Coruña, em Espanha.
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SIC - "Programa Companhia das Manhãs" - 14.10.2009
SIC - Fátima Lopes - Entrevista com Sandra Campos e Célia - Junho 2009 (2/2)
SIC - Fatima Lopes - Entrevista com Sandra Camps e Célia - Junho 2009 (1/2)
TVI- Jornal Nacional - Caso chocante de Açoriano que espera Transplante Pulmonar - 2008
SIC - Fátima Lopes Ago.2008 (2/2)
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TV Ciência - Testemunho de Vida - A F.Q e o Transplante Pulmonar
Obrigada a toda a equipa da TV Ciência pela oportunidade de divulgar esta doença rara chamada Fibrose Quistica. Não se falou nos Transplantes Pulmonares mas gostaria de deixar aqui a esperança para todos os que sofrem desta doença que o Transplante Pulmonar pode ser a única salvação numa fase muito avançada e terminal da F.Q.
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