07/05/2012 - 08:46
Dois terços dos profissionais de saúde aderiram à campanha de higiene
das mãos, lançada há três anos nas unidades de saúde, mas há hospitais
onde a adesão é de apenas 19 por cento, segundo uma especialista da DGS,
citada pela agência Lusa.
“A taxa de adesão global nacional é de 66%, o que é bastante bom, porque se não fizermos nenhuma intervenção esta taxa raramente excede os 50%”, disse à Lusa a chefe da Divisão de Segurança do Doente, da Direcção-geral da Saúde, a propósito do Dia Mundial da Higiene das Mãos, que se assinalou no sábado.
Portugal aderiu em Outubro de 2008 a esta campanha, promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com vista a prevenir infecções entre os doentes e os profissionais do sector.
Cristina Costa adiantou que os resultados da campanha foram “bastante positivos”, com mais unidades de saúde e profissionais a aderir.
A taxa de adesão dos enfermeiros é mais elevada, mas, desde o início da campanha, esta taxa tem vindo a aumentar em todos os grupos profissionais.
“A taxa de adesão dos médicos, por várias razões, não é tão boa como a dos enfermeiros, mas é um problema que também se passa a nível internacional”, observou, defendendo a necessidade de desenvolver estratégias para levar os médicos a aderirem mais.
Há muitas unidades de saúde interessadas em participar na campanha e o “grande investimento” que tem sido feito pelas que já aderiram tem tido resultados “bastante positivos”.
Contudo, lamentou, ainda há unidades de saúde com taxas de adesão dos profissionais à higiene das mãos de 19%, enquanto há outras com 86%.
Relativamente aos casos em que a adesão é muito baixa, Cristina Costa afirmou que é preciso analisar o que está a falhar nas cinco componentes da estratégia da OMS.
“É a formação que não estamos a fazer, é a solução anticéptica de base alcoólica que não está colocada nos locais de prestação de cuidados, é a avaliação que não é feita de forma adequada ou é a unidade de saúde que não tem uma cultura de segurança?”, questionou.
Cristina Costa adiantou que é necessário haver instrumentos para que “as unidades de saúde avaliem o seu próprio desempenho, identifiquem as áreas que não estão a funcionar em pleno e definam as medidas que têm de ser implementadas para melhorar”.
O Relatório da Primavera 2011 do Observatório Português dos Sistemas de Saúde refere que a taxa de prevalência nacional de Infecção Associada aos Cuidados de Saúde subiu de 8,7% em 2003 para 9,8% em 2009.
“Em 2009, com a implementação da campanha, conseguimos reduzir em 4% a taxa de estafilococos aureus, um microrganismo relacionado com as infecções associadas aos cuidados de saúde e que causa grande problemas, mas em 2010 voltámos a aumentar”, lamentou a médica.
Esta situação significa que é necessário “fazer mais investimento na promoção da higiene das mãos, uma prática que é simples, mas que não é fácil de pôr em prática”.
A responsável da DGS anunciou que, este mês, vai ser realizado, pela primeira vez, um estudo de prevalência de infecção europeu em que Portugal vai participar.
O estudo irá permitir ter dados comparáveis com outros países porque a metodologia utilizada é a mesma.
O trabalho vai decorrer nos hospitais e, simultaneamente, será realizado outro estudo nos cuidados continuados com um protocolo diferente, adiantou.
Fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/saude/07-05-12/higiene-das-maos-dois-tercos-dos-profissionais-de-saude-aderiram-campanha
“A taxa de adesão global nacional é de 66%, o que é bastante bom, porque se não fizermos nenhuma intervenção esta taxa raramente excede os 50%”, disse à Lusa a chefe da Divisão de Segurança do Doente, da Direcção-geral da Saúde, a propósito do Dia Mundial da Higiene das Mãos, que se assinalou no sábado.
Portugal aderiu em Outubro de 2008 a esta campanha, promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com vista a prevenir infecções entre os doentes e os profissionais do sector.
Cristina Costa adiantou que os resultados da campanha foram “bastante positivos”, com mais unidades de saúde e profissionais a aderir.
A taxa de adesão dos enfermeiros é mais elevada, mas, desde o início da campanha, esta taxa tem vindo a aumentar em todos os grupos profissionais.
“A taxa de adesão dos médicos, por várias razões, não é tão boa como a dos enfermeiros, mas é um problema que também se passa a nível internacional”, observou, defendendo a necessidade de desenvolver estratégias para levar os médicos a aderirem mais.
Há muitas unidades de saúde interessadas em participar na campanha e o “grande investimento” que tem sido feito pelas que já aderiram tem tido resultados “bastante positivos”.
Contudo, lamentou, ainda há unidades de saúde com taxas de adesão dos profissionais à higiene das mãos de 19%, enquanto há outras com 86%.
Relativamente aos casos em que a adesão é muito baixa, Cristina Costa afirmou que é preciso analisar o que está a falhar nas cinco componentes da estratégia da OMS.
“É a formação que não estamos a fazer, é a solução anticéptica de base alcoólica que não está colocada nos locais de prestação de cuidados, é a avaliação que não é feita de forma adequada ou é a unidade de saúde que não tem uma cultura de segurança?”, questionou.
Cristina Costa adiantou que é necessário haver instrumentos para que “as unidades de saúde avaliem o seu próprio desempenho, identifiquem as áreas que não estão a funcionar em pleno e definam as medidas que têm de ser implementadas para melhorar”.
O Relatório da Primavera 2011 do Observatório Português dos Sistemas de Saúde refere que a taxa de prevalência nacional de Infecção Associada aos Cuidados de Saúde subiu de 8,7% em 2003 para 9,8% em 2009.
“Em 2009, com a implementação da campanha, conseguimos reduzir em 4% a taxa de estafilococos aureus, um microrganismo relacionado com as infecções associadas aos cuidados de saúde e que causa grande problemas, mas em 2010 voltámos a aumentar”, lamentou a médica.
Esta situação significa que é necessário “fazer mais investimento na promoção da higiene das mãos, uma prática que é simples, mas que não é fácil de pôr em prática”.
A responsável da DGS anunciou que, este mês, vai ser realizado, pela primeira vez, um estudo de prevalência de infecção europeu em que Portugal vai participar.
O estudo irá permitir ter dados comparáveis com outros países porque a metodologia utilizada é a mesma.
O trabalho vai decorrer nos hospitais e, simultaneamente, será realizado outro estudo nos cuidados continuados com um protocolo diferente, adiantou.
Fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/saude/07-05-12/higiene-das-maos-dois-tercos-dos-profissionais-de-saude-aderiram-campanha
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