Esquecendo a minha falta de jeito para fazer ilustrações,
pretendo exemplificar como fica a cicatriz no peito de uma mulher ao ser feito
o transplante pulmonar.
Esta pergunta já me foi feita milhares de vezes e percebo
também que o medo de uma cicatriz “estragar” a beleza de um peito feminino é
perfeitamente normal.
No entanto, posso dizer-vos que hoje em dia o cuidado
estético que há por parte dos médicos na realização do corte é enorme pelo que
a cicatriz ao final de alguns meses fica quase “invisível” de tao fininha que
acaba por ficar.
Como é feita o corte e como fica a cicatriz?
- O corte é feito de
uma axila à outra mas aproveitando a
linha do peito (ver a linha vermelha na ilustração) pelo que com o passar do
tempo acaba por ficar praticamente invisível.
Cuidados a ter com a costura?
- É absolutamente
necessário vigiar a costura enquanto os pontos não tiverem sido totalmente
retirados e ser limpa diariamente com betadine. No entanto enquanto se está no
hospital estes cuidados são feitos pelas próprias enfermeiras. Apenas deves
estar atenta e aprender.
- Quando os pontos são
retirados gradualmente por ordem do médico, a limpeza da zona do corte/ costura
deve continuar a ser vigiada e limpa tendo em conta os cuidados anteriores.
- Qualquer sensação de
vermelhidão, comichão ou outras devem ser de imediato comunicadas aos médicos
responsáveis pelo transplante.
- Ao principio a
cicatriz vai parecer “dura” ao toque mas vai ser uma sensação que vai passando
com o tempo.
- Para ajudar a cicatrização
e que realmente a pele na zona da cicatriz volte a ter um tom/ cor e aspecto
normal é necessário paciência e dedicação: todas as noites deve ser massajada a
zona da cicatriz com um creme (indicado pelos médicos) que ajudam ao processo
de cicatrização e também que a pele volte a ficar “lisa”.
Posso garantir-vos que não se vê a cicatriz e que se pode ir
à praia de biquíni sem qualquer problema e quando te vês ao espelho nem te
lembras que a cicatriz está lá de tao fininha que fica.
E lembrem-se sempre que o mais importante é que o
Transplante Pulmonar é a única salvação possível em fases terminais da Fibrose
Quistica e de outras doenças obstrutivas crónicas conhecidas por DPOC ou em
espanhol por EPOC.
Um abraço a todos,
Sandra Campos
Que bom ler seu relato, te agradeço muito
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