26/11/2013 - 08:58
Uma equipa de cardiologistas espanhóis realizou, no final de Outubro, uma operação sem precedentes, por uma doença congénita rara, a uma bebé prematura de apenas 1,5 quilos de peso, revela o Jornal de Notícias.
A intervenção, realizada no passado dia 31 de Outubro no Hospital Infantil Miguel Servet de Saragoça, foi uma operação pioneira por ter sido a primeira no mundo a realizar-se a um bebé com tão pouco peso, anunciou a instituição, esta segunda-feira, em comunicado.
Uma de três gémeas, a pequena Victoria, nasceu com 31 semanas de gestação e agora, com quase um mês e meio de vida já pesa 2450 gramas e está a registar uma "evolução favorável".
Segundo informou o médico Lorenzo Jiménez, cardiologista pediátrico, tratou-se de uma intervenção "um pouco complexa", por cateterismo, sem cirurgia aberta, mas com riscos adicionais devido ao baixo peso da bebé e por esta ter artérias muito pequenas. "Ou se realizava ou a bebé morria", disse o médico, que realizou a operação com a colega Marta López.
Victoria nasceu com atresia pulmonar, uma doença congénita rara, que consiste numa falta de perfuração da válvula da artéria que vai aos pulmões, o que a impedia de respirar por si própria. O problema foi detectado aos cinco dias de vida.
Ainda que normalmente os bebés prematuros tenham insuficiência respiratória, devido à imaturidade dos seus órgãos, a atresia pulmonar costuma aparecer mais tarde, pelo que este caso se considerou "excepcional", segundo explicou o especialista Segunto Rite.
Os médios aproveitaram o facto do "ductus" – uma artéria que comunica a aorta com a artéria pulmonar enquanto o feto está no ventre da mãe – estar ainda aberto por Victoria ter nascido prematura para efectuar um tratamento com prostaglandinas e evitar o seu fecho.
"A resposta foi boa" mas pouco a pouco a saúde da bebé foi-se deteriorando ao não conseguir, segundo o médico, um "ponto intermediário" na abertura desse conduto e que a sua situação se mantivesse estável.
Por isso, e face ao estado "crítico" da bebé, foi decidido com os pais proceder à cirurgia, que envolveu a introdução por uma artéria da perna de um diminuto "stent" (tubo), de 1,5 a 1,6 milímetros, para chegar ao coração.
A operação demorou cerca de duas horas e a saúde da bebé melhorou praticamente de forma imediata tendo deixado de necessitar de respiração assistida apenas cinco dias depois.
FONTE
Simplesmente, divinal!
ResponderEliminarA estes tão grandes profissionais, eu quero deixar aqui o meu respeitoso e gritante, "BRAVO".