23/04/2014 - 09:57
A Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM) solicitou, juntamente com diversas Associações de doentes crónicos, uma audiência ao Presidente da República e à Comissão Parlamentar de Saúde com o objectivo de discutir a necessidade de criação do Estatuto do Doente Crónico e a Tabela Nacional de Incapacidade e Funcionalidades da Saúde, avança comunicado de imprensa.
O pedido de audição a ambas as entidades foi uma das conclusões da Conferência de Imprensa, que decorreu no dia 9 de Abril, em Lisboa, e que reuniu mais de 50 de Associações de doentes portadores de doenças crónicas e subscritoras da petição lançada em prol da mesma causa.
“O doente crónico debate-se com vários problemas burocráticos causados pela falta de diplomas atentos às suas dificuldades. É imprescindível criar condições para que um doente crónico mantenha a dignidade e a qualidade de vida no dia-a-dia e no mercado de trabalho”, explica Paulo Alexandre Pereira, presidente da TEM.
“É importante distinguir os diferentes tipos e graus de doenças crónicas: não podemos aceitar que um doente com asma seja considerado como um doente com Esclerose Múltipla, que é uma doença incapacitante ou um doente de Esclerose Múltipla com a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) que mata. Actualmente, um doente com ELA tem uma esperança média de vida de 3 anos. É justo / digno obrigar este doente a trabalhar até morrer?”, refere Paulo Alexandre Pereira.
E acrescenta: “Uma doença crónica obriga, em muitos casos, a várias baixas ao longo do ano. Injustamente são descontados dias aos doentes e é-lhes exigido igual ritmo de trabalho, mesmo durante os períodos de crises de que sofrem”.
“Para já, aguardamos respostas das entidades para marcação da audição. Este é um assunto de extrema importância, uma vez que também o Estado terá menos despesas ao criar condições para os doentes crónicos”, adianta.
Fonte: comunicado de imprensa
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