quarta-feira, 16 de setembro de 2009

SIC Fatima Lopes - Resposta aos vários pedidos de ajuda

Boa noite,

Muito obrigada a todos os que viram o programa da Fatima Lopes e escreveram a pedir-me ajuda.
Tal como disse no programa da SIC Fatima Lopes – Todos temos direito a uma 2ª opinião médica.
Primeiro que tudo é necessário voltar a falar com o seu médico e pedir-lhe todos os exames médicos recentes para conseguir levar a outro médico, outro hospital e ter uma 2ª opinião.
Para realizar um transplante pulmonar são necessários uma série de exames medicos – Tac pulmonar, densitometria ossea, revisão geral de todos os dentes, exames de sangue, ecografia a todos os orgãos (abdominal), ecografia renal, gasimetria.
Estes são os exames mais importantes para levar a um médico e pedir uma segunda opinião.
Foi lançado o desafio ao Hospital de Santa Marta em Lisboa para avaliar as situações que são negadas pelos médicos dos vários hospitais e caso não consigam resolver a situação enviar os pacientes para Espanha (Hospital J. Canalejo na La Corunha).
Aqui temos o outro ponto importante: Um transplante pulmonar não pode ser pago a nivel particular, é o Estado Português que tem que pagar ao Estado Espanhol. Sendo assim é necessário que o médico assistente faça um pedido a Santa Marta que por sua vez tem que dizer que não é capaz de resolver a situação e enviar o paciente para Espanha.
Depois tem que haver uma aprovação de Espanha e por fim uma aprovação do Ministério da Saúde de Portugal para enviar o paciente.
É um processo muito longo, muita burocracia pelo que é necessário estar muito atento para que o processo não fique “parado” por falta de algum dado, exames ou alguma assinatura.
Outra hipotese é ir a uma consulta particular em Espanha e pedir uma 2ª ou 3ª opinião.
Entendo que não é fácil pois é necessário dinheiro para a viagem, dormida (caso necessário) e ainda para a consulta particular.
No entanto, posso dizer que vale a pena o esforço pois esta opinião médica é sem duvida nenhuma a OPINIÃO VÁLIDA e suprema de alguém que tem a imensa experiência de já ter realizado 250 transplantes pulmonares.
Com um relatório médico espanhol a dizer que o paciente reune as condições para um Transplante Pulmonar já há mais poder de argumentação perante os medicos portugueses.
No entanto o processo burocratico não foge deste esquema: aprovação do médico que acompanha o paciente, aprovação de Santa Marta para envio para Espanha, aprovação de Espanha, aprovação do Ministério da Saúde.
(Os contactos médicos de Espanha envio por mail a quem os necessitar).

Força e muita coragem,
Sandra Campos

2 comentários:

  1. Sandra

    Antes de mais não posso deixar de lhe agradecer a amabilidade e a rapidez da sua resposta,o que na realidade é impressionante.
    Aproveito para lhe desejar um presente eterno plenamente realizado com os mais fantásticos sonhos.Muitas felicidades.

    Desta vez entreguei-me à visualização dos videos do seu site,onde obtive alguma da informação que procurava,nomeadamente:
    - Visitas periódicas de 30-45 dias à Corunha por toda a vida
    - Média diária de 40 comprimidos por toda a vida
    - E ainda,o 1º transplante já tem 15 anos,à data da realização do vídeo

    Para quem está à beira da morte,sem folgo para se movimentar,24 horas todos os dias prisioneira de oxigénio adicional,aquelas limitações são uma benção do Céu.Entre a permanência na cama ou/e a morte aquelas limitações(visitas clinicas e medicamentos ) não têm relevância quase nenhuma,pelo contrário,suponho eu.

    Mas para quem passou a vida a viajar,que passou metade da vida a viver no estrangeiro,nomeadamente nos trópicos,não posso deixar de concluir que o reforma passada numa ilha tropical,ex S.Tomé e Principe é sonho para esquecer,verdade?

    A questão fundamental que lhe coloco é essa:As visitas clinicas são para toda a vida e o seu período são de 30 a 45 dias,ou isto só acontece nos primeiros anos?
    Por outro lado,a fraca capacidade imunológica,em virtude dos comprimidos,para além dos efeitos colaterais,e portanto,uma maior possibilidade de diversos problemas também não permite o afastamento do centro clinico de apoio,certo?
    Grato pela colaboração prestada.
    Com os melhores cumprimentos.
    XX

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  2. Olá XXX,

    Obrigada pelo seu mail. Tenho todo o gosto em ajudar e sei como é importante uma resposta rapida para tantas perguntas que vão nas nossas cabeças num momento tão dificil.

    Vou responder à suas perguntas:
    - Sobre S. Tomé apenas sei dizer-lhe que é uma situação a falar com os médicos. Cada vez que faço uma viagem (agora já faço) falo sempre 1º com os meus medicos. Até agora so tenho estado dentro da europa mas todos os destinos que exijam vacinas é necessário falar com eles primeiro. Não podemos tomar todo o tipo de vacinas.

    - Os periodos de revisão médica ao inicio, no 1º ano, são muito apertados pois é o momento de ajuste da medicação, muitas analises, etc.
    Depois começam a alargar. Agora por exemplo estou com intervalo de 3 meses entre revisões. O que é excelente.
    - Os 40 comprimidos por dia não acontece com todos os transplantados. Acontece no meu caso e nos casos de que mtem Fibrose Quistica mas com outros transplantes normalmente são só os comprimidos imunosupressores.
    - A revisão deve ser sempre feita no hospital onde foi feito o transplante. O estado português tem que pagar as despesas das deslocações (uma comparticipação) e por isso para não haver erros médicos de quem não sabe o que está a fazer é melhor ir sempre ao hospital de referência (no meu caso o Hospital J. Canalejo na La Corunha).

    O mais dificil é mesmo ultrapassar todas as burocracias. Tudo o resto (como diz) é uma benção.

    Um abraço,
    Sandra Campos

    ResponderEliminar

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