
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou terça-feira que “parece paradoxal” haver médicos que recusam vacinar-se contra a gripe A H1N1, referindo que “não há nenhuma razão para que as pessoas fujam desta vacina”, noticia a agência Lusa.A vacinação dos médicos e dos outros profissionais de saúde “é uma obrigação ética e de saúde pública”, sustentou terça-feira à noite, no Porto, Manuel Pizarro durante um debate sobre “Política do Medicamento”, realizado na Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos.O debate atraiu poucos médicos, não mais de 30, facto que o presidente da Ordem dos Médicos-Norte, Moreira da Silva, registou e lamentou por considerar que o tema era da maior importância para a classe.Manuel Pizarro aproveitou mesmo assim para lançar “um enorme apelo para que os profissionais de saúde manifestem o seu apoio à campanha de vacinação” já em curso, observando que falou “como governante e como médico”.“Fazer a vacina é um instrumento essencial para nos protegermos a nós próprios e sobretudo para protegermos os outros”, reforçou o governante, criticando "os mitos" que circulam sobre a vacina e as suas alegadas consequências.“A principal obrigação de um profissional de saúde é o respeito para com os cidadãos e por isso deve vacinar-se”, completou.Sobre a política que deve ser seguida no que toca às quarentenas por causa da gripe A, Manuel Pizarro disse que essa é uma competência da autoridade local de saúde.“Não pode haver uma regra genérica e em cada escola é possível encontrar as soluções correctas para a melhor solução para a comunidade”, argumentou.À entrada para este debate, o secretário de Estado disse que “o Governo vai anunciar nos próximos dias a possibilidade do alargamento da campanha de vacinação, porque o número de doses disponíveis permite avançar para novos grupos” populacionais.“Vamos ter as vacinas ao mesmo tempo que todos os outros países da Europa e vamos ter um milhão de vacinas até ao final do ano, que é o adequado e o necessário”, reafirmou.Pizarro comentou ainda a possibilidade de as crianças até aos 10 anos receberam apenas uma dose, referindo que “a Organização Mundial de Saúde já proferiu uma declaração a favor dessa ideia”, mas Portugal aguarda que as entidades europeias competentes se pronunciem para depois tomar uma decisão.
Sem comentários:
Enviar um comentário