Há serviços que já vacinaram grávidas doentes e ainda têm muitas doses
DGS deu instruções aos serviços com vacinas disponíveis para avançarem nos grupos seguintes, como as grávidas saudáveis, obesos e asmáticos Há locais onde a vacinação contra a gripe A do primeiro grupo prioritário, que inclui as grávidas com patologia, está concluída e ainda há dezenas de doses por usar. A Direcção-Geral da Saúde (DGS) deu ontem instruções para que nestes casos se avance para os grupos seguintes, como é o caso das grávidas saudáveis, obesos e doentes asmáticos. "Não podemos estar parados", diz a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas.
O agrupamento de centros de saúde Douro I (distrito de Vila Real) recebeu 250 doses de vacinas para administrar a grávidas com doença e profissionais "essenciais". Não houve procura de utentes e foi o agrupamento a ir atrás das grávidas: pediram dados aos hospitais, ligaram-lhes para o telemóvel, nalguns casos até foram à procura delas a casa. Das dez identificadas, todas aceitaram ser imunizadas, informa Joaquim Baptista, presidente do conselho clínico. Restam 240 doses e aguardavam-se ontem instruções para avançar para os grupos seguintes.
Na Administração Regional de Saúde do Algarve receberam duas mil doses; até sexta-feira passada vacinaram 342 pessoas, entre profissionais de saúde, grávidas com patologia e pessoas com "funções essenciais", diz o seu director, Rui Lourenço.
No agrupamento de centros de saúde Grande Lisboa III/Lisboa Central pediram 300 doses. Até hoje terão sido vacinadas 20 grávidas doentes e também aqui se aguardavam instruções para continuar a vacinar. Almeida Gonçalves, director executivo, conta que têm dezenas de inscrições de pessoas dos grupos seguintes.
O guião da vacinação está definido mas tem que haver "flexibilidade", diz Graça Freitas. Por essa razão, a DGS enviou ontem um e-mail aos serviços a pedir que se continue "a avançar pelo grupo A" nos locais onde houver vacinas disponíveis. Até porque o camião com a nova remessa de vacinas já chegou a Portugal.
Não ao desperdício
Por "flexibilidade" entende-se também que, se um centro de saúde convocar dez grávidas e não aparecem duas, vacinam-se logo outras duas pessoas presentes, desde que façam parte dos 30 por cento da população abrangida. Isto porque cada embalagem contém dez doses que têm que ser administradas em pouco tempo. "Não se desperdiça uma única dose." Em locais onde há surtos de gripe em escolas "demos a hipótese de, pontualmente, serem vacinadas crianças com patologia". Desde quinta-feira registaram-se no concelho de Valença vários casos de sintomas gripais. O delegado de saúde local reiterou ontem que há mais de 300 casos de gripe A, embora só 32 tenham sido comprovados. Mas a hipótese de imunizar crianças saudáveis devido a focos em escolas não está a ser equacionada.
As crianças saudáveis com menos de 12 anos fazem parte do último grupo prioritário. Os EUA estão a vacinar crianças porque encomendaram doses para a toda a população; Portugal encomendou doses para 30 por cento da população e tem como objectivo "minimizar o risco de complicações em grupos vulneráveis", explica o pneumologista e consultor da DGS para a doença, Filipe Froes. Verifica-se que há muita incidência em crianças mas não são elas quem corre mais riscos de complicações. Em Portugal, das cinco mortes já registadas, uma foi de uma criança de dez anos, mas que depois da autópsia se constatou ter uma doença cardíaca.
DGS deu instruções aos serviços com vacinas disponíveis para avançarem nos grupos seguintes, como as grávidas saudáveis, obesos e asmáticos Há locais onde a vacinação contra a gripe A do primeiro grupo prioritário, que inclui as grávidas com patologia, está concluída e ainda há dezenas de doses por usar. A Direcção-Geral da Saúde (DGS) deu ontem instruções para que nestes casos se avance para os grupos seguintes, como é o caso das grávidas saudáveis, obesos e doentes asmáticos. "Não podemos estar parados", diz a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas.
O agrupamento de centros de saúde Douro I (distrito de Vila Real) recebeu 250 doses de vacinas para administrar a grávidas com doença e profissionais "essenciais". Não houve procura de utentes e foi o agrupamento a ir atrás das grávidas: pediram dados aos hospitais, ligaram-lhes para o telemóvel, nalguns casos até foram à procura delas a casa. Das dez identificadas, todas aceitaram ser imunizadas, informa Joaquim Baptista, presidente do conselho clínico. Restam 240 doses e aguardavam-se ontem instruções para avançar para os grupos seguintes.
Na Administração Regional de Saúde do Algarve receberam duas mil doses; até sexta-feira passada vacinaram 342 pessoas, entre profissionais de saúde, grávidas com patologia e pessoas com "funções essenciais", diz o seu director, Rui Lourenço.
No agrupamento de centros de saúde Grande Lisboa III/Lisboa Central pediram 300 doses. Até hoje terão sido vacinadas 20 grávidas doentes e também aqui se aguardavam instruções para continuar a vacinar. Almeida Gonçalves, director executivo, conta que têm dezenas de inscrições de pessoas dos grupos seguintes.
O guião da vacinação está definido mas tem que haver "flexibilidade", diz Graça Freitas. Por essa razão, a DGS enviou ontem um e-mail aos serviços a pedir que se continue "a avançar pelo grupo A" nos locais onde houver vacinas disponíveis. Até porque o camião com a nova remessa de vacinas já chegou a Portugal.
Não ao desperdício
Por "flexibilidade" entende-se também que, se um centro de saúde convocar dez grávidas e não aparecem duas, vacinam-se logo outras duas pessoas presentes, desde que façam parte dos 30 por cento da população abrangida. Isto porque cada embalagem contém dez doses que têm que ser administradas em pouco tempo. "Não se desperdiça uma única dose." Em locais onde há surtos de gripe em escolas "demos a hipótese de, pontualmente, serem vacinadas crianças com patologia". Desde quinta-feira registaram-se no concelho de Valença vários casos de sintomas gripais. O delegado de saúde local reiterou ontem que há mais de 300 casos de gripe A, embora só 32 tenham sido comprovados. Mas a hipótese de imunizar crianças saudáveis devido a focos em escolas não está a ser equacionada.
As crianças saudáveis com menos de 12 anos fazem parte do último grupo prioritário. Os EUA estão a vacinar crianças porque encomendaram doses para a toda a população; Portugal encomendou doses para 30 por cento da população e tem como objectivo "minimizar o risco de complicações em grupos vulneráveis", explica o pneumologista e consultor da DGS para a doença, Filipe Froes. Verifica-se que há muita incidência em crianças mas não são elas quem corre mais riscos de complicações. Em Portugal, das cinco mortes já registadas, uma foi de uma criança de dez anos, mas que depois da autópsia se constatou ter uma doença cardíaca.
Jornalista:Catarina Gomes
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