Coloquei esta noticia porque desde o principio que sou totalmente a favor da vacinação de todas as crianças e não só apenas as crianças de risco - Afinal está mais do que provado que "são as crianças que em contacto umas com as outras apanham de tudo e trazem tudo para casa" - palavras dos vários pediatras.
O meu filho teve a gripe A, é uma criança absolutamente saudável mas teve que fazer um trabalho de grupo na escola em conjunto com 3 colegas que estavam também com gripe A. No dia seguinte estava cheio de febre. Telefonei para a Saúde 24 que durante 5 dias foram dizendo que os sintomas não eram de gripe A mas para estar atenta. Só ao fim do 5º dia porque a febre não passava acharam melhor que fosse fazer os testes. Voltou para casa a tomar o Tamiflú, não por ele mas por mim, por ser Transplantada Pulmponar e com a recomendação se os testes fossem negativos para parar de imediato com o Tamiflú. A verdade é que acabou por fazer o Tamiflú inteiro (4ml, 2 vezes ao dia, durante 5 dias) porque os resultados só chegaram 10 dias depois e era POSITIVO!
Já tinha enviado um mail tanto ao centro de saúde dos Olivais como ao Instituto Ricardo Jorge a pedir urgência na resposta, no entanto como disse, só após 10 dias chegaram os resultados e felizmente já ele estava curado.
Também não fornecem atestados para as escolas!! Surpreendente a resposta - "As escolas que se quiserem que venham pedir!"
Depois foi a minha vez, comecei com sintomas de gripe mas como Transplantada Pulmonar fui imediatamente enviada pela linha Saúde 24 para fazer os testes. No Hospital ainda levei um ralhete por estar ali, como se fosse iniciativa minha andar a caminhar para os hospitais! Também comecei a tomar o Tamiflú ( - "Nunca se sabe porque os resultados dos testes andam muito atrasados!). Já tinha tomado 3 comprimidos quando me telefonaram a dizer que o resultado era NEGATIVO!
Deixo aqui o meu testemunho: Fiz a 1ª dose da vacina contra a gripe A e num intervalo de 4 semanas vou fazer a 2ª dose. As vacinas são para ser tomadas.
Não concordo com os vídeos alarmistas que aparecem na net e com as noticias que reenviadas por mails que assustam tudo e todos!
Sandra Campos
Noticia:
"Provavelmente vão sobrar" vacinas contra a gripe A, admitiu Stefania Salmaso, directora do Centro Nacional de Saúde Pública italiano e membro do grupo de peritos em vacinas da Agência Europeia do Medicamento (EMEA), notícia o jornal i. Na conferência Eurovaccine que decorreu em Estocolmo (Suécia), a especialista defende em declarações aos jornalistas que a estratégia seguida "foi correcta e teve como base critérios racionais", mas "falhou na comunicação" com as populações.Em Portugal, o grupo de pessoas que têm direito a receber a vacina vai ser alargado já em Janeiro, avança o jornal. A decisão será tomada durante esta semana e, segundo a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, poderão ser vacinados "todas as crianças, ou todos os jovens adultos, ou ambos em simultâneo". Outra hipótese é apostar na idade com mais mortos, que é a dos 50 anos. Tudo dependerá das doses entregues pelo laboratório.Perante a emergência da pandemia, os países fizeram contas à população a vacinar - Portugal comprou doses para 3 milhões, que custaram 45 milhões de euros. Mas, depois da decisão tomada, dois factos vieram mudar as regras do jogo. A EMEA confirmou que é necessário apenas uma dose, em vez de duas, para imunizar cada pessoa, duplicando as reservas entretanto adquiridas. E a população não está convencida da sua segurança e utilidade, recusando-se a aderir à campanha.À excepção da Suécia e da Noruega, os países europeus registam até agora uma taxa de vacinação muito aquém das expectativas. Graça Freitas adianta que das 311 mil doses já entregues pelo laboratório, foram usadas 240 mil. As restantes estão à espera de serem distribuídas. Uma campanha de informação nacional que aumente a confiança das pessoas pode ser a solução.Com o final da primeira onda a aproximar-se, começam a surgir balanços. Se os peritos consideram que a estratégia de produção da vacina adoptada pela Europa "foi correcta", perceberam que houve um problema na forma como passaram a mensagem e geriram o receio das pessoas. Graça Freitas diz que o que aconteceu este ano com a pandemia "é uma lição de comunicação em saúde pública". "A vacinação era bem aceite, os pais reconheciam-na como boa para as crianças. Mas a percepção do risco inverteu-se. As pessoas faziam uma ideia da pandemia que não veio a verificar-se, não encontraram o que estavam à espera de ver." A reduzida agressividade do vírus foi outro factor desencorajador. Segundo um estudo norte-americano, a taxa de mortalidade do H1N1 naquele país é de 0,026%, o que torna esta pandemia na menos agressiva de todas. A responsável está confiante que "haverá sempre uma segunda onda pandémica" e, por isso, as vacinas terão utilidade nem que seja para dar uma primeira arma ao sistema imunológico, até agora virgem em relação a esta estirpe. "Não há nada de errado na vacina, as vacinas são os produtos mais controlados de todos", sublinha Stefania Salmaso. Os diferentes países têm agora até Março para inverter a percepção negativa da população e aproveitar as doses, alargando os grupos prioritários inicialmente definidos. "Não sentimos que o processo tenha terminado, até porque o vírus poderá circular no próximo Inverno", disse a italiana, citada pelo jornal i.
Sem comentários:
Enviar um comentário