Ministra admite "algumas desigualdades de acesso " a tratamentos médicos (RCM Pharma 27.01.2010)

É interessante ler esta noticia onde a Ministra da Saúde admite "algumas desiguladades de acesso" a tratamentos médicos.
Vamos ver alguns casos:Por exemplo, no campo dos Transplantes Pulmonares: Um candidato a transplante pulmonar se não tiver uma família que o possa apoiar economicamente é colocado fora da lista! Será justo?
Outro caso: Os doentes de FQ não têm direito a qualquer tipo de seguro de saúde, nem seguro de vida, porque a FQ é uma doença degenerativa. Os Transplantados Pulmonares também não têm direito a qualquer tipo de seguro de saúde ou de vida porque porque é considerado de risco!Para os carros têm facilidade na compra (sem o imposto automóvel), no entanto, é necessário que não consigam ter liberdade de movimentos e tem que ser uma pessoa (sempre a mesma)a guiar o carro e também não podem fazer longas viagens!Algumas desigualdades?! Dá que pensar!!!
Sandra Campos

Aqui fica a noticia saida na RCM Pharma:

Ministra admite "algumas desigualdades de acesso" a tratamentos médicos
A ministra da Saúde escusou-se terça-feira a comentar um estudo que revela que seis em cada dez famílias tiveram dificuldade em seguir tratamentos médicos no último ano por motivos económicos, mas admitiu "algumas desigualdades de acesso" à saúde, avança a agência Lusa."Não conheço o estudo da DECO, não vou comentar", disse a ministra aos jornalistas.Ana Jorge, que falava em Bruxelas à margem de uma cimeira sobre o cancro do colo do útero, reconheceu que subsistem "algumas desigualdades de acesso" à saúde."É isso que nos tem levado a introduzir alterações no sistema", adiantou.Um inquérito da organização de defesa do consumidor DECO, publicado na revista Teste Saúde de Fevereiro, mostra que a crise económica afectou os cuidados de saúde de seis em cada dez portugueses.O inquérito, realizado junto de 1639 famílias portuguesas, revela que quase metade dos inquiridos foi obrigada a adiar uma terapia.Um quinto interrompeu e outros tantos nem sequer pensaram em iniciar um tratamento por impossibilidade de o pagar. Nesta última situação estão 650 mil famílias, segundo estima a DECO.Os lares com baixos rendimentos, os que incluem apenas um adulto e crianças menores e os que integram doentes crónicos manifestam mais problemas em suportar os custos, revela ainda o inquérito, segundo o qual um quinto dos inquiridos já se endividou para pagar despesas de saúde e 15% fizeram-no no último ano.O estudo mostra ainda que sete em cada 10 famílias gastam uma média de 1700 euros por ano em Saúde, o que representa, em média, cerca de um quinto do seu rendimento anual líquido.