sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

EMANUEL FURTADO SÓ GARANTE RESPOSTAS PONTUAIS Transplantes hepáticos pediátricos voltam a estar comprometidos



Cirurgião do IPO diz que, enquanto não estiverem definidas as condições da sua colaboração, só garante respostas pontuais
O cirurgião Emanuel Furtado realizou no passado fim-de-semana o transplante de fígado de uma criança de sete anos que estava internada no Hospital Pediátrico de Coimbra em estado grave e a carecer da intervenção rapidamente. A cirurgia, a primeira depois da sua saída dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), correu bem e o estado clínico da menina madeirense estará a evoluir favoravelmente.
Mas esta intervenção terá sido, para o até aqui coordenador do programa nacional de transplantação hepática pediátrica, uma intervenção excepcional, uma vez que ainda não estão definidas e explanadas em documento as condições em que o agora funcionário do Instituto Português de Oncologia (IPO) colaborará com os HUC, instituição onde se realizam os transplantes, e o Pediátrico, que recebe e acompanha as crianças.
Emanuel Furtado explicou ao Diário de Coimbra que a sua disponibilidade – transmitida à Administração Regional de Saúde do Centro no final de Janeiro, depois de protocolo formalizado entre HUC, CHC e IPO para garantir a continuidade dos transplantes – existirá apenas para situações como as verificadas no último fim-de-semana: quando a equipa de transplantação hepática dos HUC ou outra existente no país não assuma a realização do transplante ou quando não for possível transferir a criança para outro centro em tempo útil e tiver sido lançado um pedido urgente ou super urgente de fígado para a criança.
«Existe um protocolo que simplesmente diz que o IPO me autoriza a participar em regime de colaboração na transplantação hepática pediátrica, mas que não me obriga nem estabelece relação contratual ou define as condições», disse ao nosso jornal, notando que até ao fim-de-  -semana passado não tinha sido contactado pessoalmente pelos responsáveis das instituições envolvidas na realização dos transplantes.
Emanuel Furtado admite que o IPO já tem dois documentos base de trabalho, enviados pelos HUC, reitera a sua disponibilidade para procurar uma solução futura para o programa de transplantação mas espera ser ouvido na elaboração do documento final. Até lá - e como já fez saber aos dois hospitais, à ARSC e ao Gabinete de Coordenação e Colheita de Órgãos e Transplantação – não estará disponível para situações que não sejam urgentes. «Há crianças, sete ou oito, em lista de espera, que não se enquadram nestas situações», admitiu, esperando que lhes encontrem respostas alternativas. E mesmo a disponibilidade para atender casos como o deste fim-de-semana apenas se manterá, na ausência de uma clarificação, até ao mês de Junho.
Formação
só no estrangeiro
«Não estou a falar de valores, estou a falar da orgânica de funcionamento, que não pode ser a mesma que me levou a sair dos HUC», declarou, esclarecendo que não foi chefiar nenhum serviço para o IPO ou saiu porque ia ganhar mais. «Vim fazer cirurgia hepática e pancreática, áreas em que tenho competências e em que o IPO pretende apostar».
O cirurgião lembrou que «a transplantação hepática pediátrica nunca foi uma equipa ou programa independente nos HUC» e que era coordenador na simples medida de que tinha a responsabilidade de fazer a transplantação pediátrica. Trabalhava sob as ordens do director do serviço de Cirurgia I e Transplantação Hepática, Fernando José Oliveira, notou.
Questionado sobre a questão da formação de outros especialistas para realizar esta intervenção, Emanuel Furtado justifica que não foi possível fazê-la porque «não foram alocados os recursos» para o fazer. «Num país como o nosso, que faz uma média de 12 transplantes hepáticos pediátricos por ano, teriam de ser enviados especialistas para o estrangeiro e o programa devia estar agregado a de transplantação de adultos, para permitir o treino necessário».
De acordo com o especialista, «um cirurgião com treino em transplantação hepática pediátrica também faz transplantes de adultos, mas o contrário já não acontece sem formação mais específica».
Até à hora de fecho, o Diário de Coimbra não conseguiu obter comentários dos responsáveis dos HUC e do CHC sobre este assunto. 

Escrito por Andrea Trindade   

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