De acordo com uma denúncia da associação Raríssimas, o hospital estará a recusar tratamento a dois doentes, colocando-os em risco de vida.
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Na nota, a administração do hospital refere que “as decisões terapêuticas são de responsabilidade médica, atentas às políticas a que o conselho de administração se obriga a respeitar para uma gestão justa dos seus recursos”.
Acrescenta o comunicado que “todas as decisões terapêuticas no Hospital de São João resultam da indispensável ponderação que tem que ser feita entre benefício e risco individual, bem como de justiça ética distributiva”.
Nesse sentido, e para concluir, “para a patologia em questão, todos os pressupostos anteriores foram avaliados e esta análise fundamentou a decisão tomada”.
Esta resposta do hospital portuense segue-se à denúncia que chegou à associação Raríssimas, que revelou que dois doentes do São João estão em perigo de vida, porque o hospital está a recusar fornecer-lhes o medicamento – chamado "órfão" – de que precisam.
Hoje de manhã, no I Congresso Nacional de Doenças Raras, o Ministério da Saúde não respondeu em concreto à denúncia, afirmando apenas que o caso tem de ser analisado.
Contudo, o secretário de Estado da Saúde, Óscar Ramos, nega que haja qualquer ordem para se cortar na dispensa de medicamentos necessários:
Contudo, o secretário de Estado da Saúde, Óscar Ramos, nega que haja qualquer ordem para se cortar na dispensa de medicamentos necessários:
“Não há obviamente nenhuma instrução para que se reduza na dispensa dos medicamentos que sejam necessários, e não acredito que nenhum conselho de administração ou nenhum director clínico deixe de dispensar os medicamentos que são absolutamente necessários.”
O fármaco que estará a ser recusado aos doentes custa, por ano, 250 mil euros.
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