Transplantes: Demissão da direcção não surpreende ministério
Ontem às 21:17
O Ministério da Saúde não ficou surpreendido com os pedidos de demissão dos responsáveis da Autoridade do Sangue e Transplantação e garantiu que a qualidade se vai manter.
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Fernando Leal da Costa rejeita as críticas sobre a redução do número de transplantes
O presidente da Autoridade dos Serviços do Sangue e da Transplantação (ASST), João Rodrigues Pena, e a coordenadora nacional, Maria João Aguiar, apresentaram esta sexta-feira a sua demissão ao ministério em protesto contra as intenções do ministro da Saúde de cortar verbas.Em declarações à Lusa, o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Leal da Costa, disse não ter sido apanhado de surpresa com a demissão: «Não ficámos surpreendidos porque são duas pessoas, em particular o dr. Pena, que já tinham demonstrado algum desconforto relativamente à orientação que estava a ser dada no contexto de moralização dos incentivos da transplantação».Fernando Leal da Costa recusa as críticas feitas pela coordenadora nacional da ASST sobre a futura redução do número de transplantes em consequência dos cortes em 50 por cento aos incentivos à transplantação: o Ministério da Saúde «em momento algum está disposto a aceitar menor qualidade nos resultados ou menor acesso».«Não passa pela cabeça de ninguém que o senhor ministro tivesse na ideia que uma vida humana que estivesse em causa por causa de um transplante deixasse de ser efectuado por causa dos cortes», garantiu o secretário de Estado.Apesar dos cortes, Fernando Leal da Costa lembrou não ter «nenhum sinal, muito pelo contrário, que a actividade de transplantação não continue com a qualidade e frequência que lhe é reconhecida».
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