06/03/2012 - 08:13

O presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) revelou esta segunda-feira que a maioria dos potenciais dadores de órgãos em vida não o chega a ser e, sempre que existem dúvidas sobre os motivos desta doação, ela não avança, escreve a agência Lusa.
Fernando Macário, nefrologista e responsável da unidade de transplantação renal dos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC), garantiu à Agência Lusa que as situações que levantem dúvidas sobre as reais razões para um dador querer doar o seu rim nem sequer avançam.
O especialista falava a propósito da notícia avançada domingo pelo Correio da Manhã, segundo a qual os profissionais do Hospital de Santa Cruz detectaram casos em que “os dadores pretendem algo mais que ajudar o próximo” quando doam os seus órgãos.
Segundo Fernando Macário, cerca de 60 por cento dos potenciais dadores não o chegam a ser, sobretudo devido a condições de saúde, físicas e psicológicas.
Perante outros motivos, que levantam dúvidas sobre as razões da doação, os transplantes “não chegam sequer a avançar”, disse.
“Na dúvida, não avançamos”, afirmou.
Fernando Macário enalteceu a legislação que, desde 2007, permite que pessoas que não têm laços de sangue possam doar os seus órgãos em vida.
A anterior lei não permitia, por exemplo, que um pai doasse um rim a um filho adoptivo, nem entre conjugues.
“Foi um benefício muito grande, pois a anterior lei era muito injusta”, adiantou.
O presidente da SPT assegura que estão criados “os mecanismos para que todos os dadores sejam alvo de uma avaliação psicológica”.
fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/saude/06-03-12/transplantes-maioria-dos-potenciais-dadores-nao-o-chega-ser
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