8/03/2012 - 08:50
Por falta de informação sobre riscos, afirmam especialistas
Em Portugal fazem-se poucos transplantes renais de dador vivo por falta de informação sobre os riscos, apesar de a lei o prever entre pessoas sem laços familiares, desde 2007, afirmaram esta quarta-feira especialistas, em Coimbra, avança a agência Lusa.
“Doar um rim não traz inconveniente para quem doa, a sua sobrevivência não é posta em causa”, esclareceu o médico Rui Alves, que integra a direcção da Sociedade Portuguesa de Nefrologia e rege a cadeira na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
A falta de rins para transplantação levou mesmo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a dedicar este ano o Dia Mundial do Rim, que se assinala quinta-feira, ao tema “Doar – Rins para a Vida – Receber”.
Em Portugal, a colheita de rim de dador vivo baixou 7,8 por cento de 2010 para 2011, segundo dados da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ISST).
O rim de cadáver também sofreu um revés em 2011 - menos 33, tendo os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC-CHUC) liderado, com 192 colheitas.
A falta de “apelo à solidariedade e de informação, cuidadosa e rigorosa, sobre os riscos [da doação] ” são as razões apontadas por Rui Alves, numa conferência de imprensa sobre o Dia Mundial Rim, em Coimbra, para o baixo número de transplantes renais com dador vivo.
No Hospital com mais transplantes renais no país - os HUC-CHUC - apenas cinco das 159 intervenções realizadas em 2011 foram com órgão de dador vivo, de acordo com os dados da ISST.
Segundo especialistas de Coimbra, as mulheres são mais generosas, tendo em conta que, entre cônjuges, “é mais frequente a doação para o marido”. Na linha da frente está “a doação de mãe para filho e, em segundo lugar, entre irmãos”.
Desde 2007 que a lei permite que pessoas sem laços de sangue possam doar os seus órgãos em vida, concretamente amigos, cônjuges e pessoas em união de facto, além de pais e irmãos.
Segundo dados da OMS referentes a 2005, dez por cento dos transplantes a nível mundial são comerciais, disse Armando Carreira, director de Nefrologia do Hospital Geral do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (HG-CHUC).
“Portugal está salvaguardado” do risco de tráfico de órgãos, considerou o especialista, opinião partilhada pelo director do Serviço de Nefrologia dos HUC-CHUC, Mário Campos, que salienta o facto de os transplantes se realizarem “apenas em hospitais públicos”.
Existem actualmente dez mil pacientes a fazer diálise, dos quais dois mil aguardam por um rim, disse Rui Alves.
Em 2010, cerca de 16.700 doentes faziam terapêutica substitutiva renal, dos quais 10.140 se submetiam a hemodiálise e 684 a diálise peritoneal.
De acordo com Mário Campos, os dados referentes a 2011, que serão divulgados no congresso da especialidade, em finais de Março, apontam para uma subida de quatro a seis por cento dos pacientes em hemodiálise, de oito a dez por cento em diálise peritonial e uma diminuição de 8,2 por cento no transplante renal.
O Dia Mundial do Rim é assinalado em Coimbra com uma reunião científica sobre “Diálise Peritonial”.
fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/saude/08-03-12/transplantes-portugal-com-poucos-dadores-de-rim-em-vida
Em Portugal fazem-se poucos transplantes renais de dador vivo por falta de informação sobre os riscos, apesar de a lei o prever entre pessoas sem laços familiares, desde 2007, afirmaram esta quarta-feira especialistas, em Coimbra, avança a agência Lusa.
“Doar um rim não traz inconveniente para quem doa, a sua sobrevivência não é posta em causa”, esclareceu o médico Rui Alves, que integra a direcção da Sociedade Portuguesa de Nefrologia e rege a cadeira na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
A falta de rins para transplantação levou mesmo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a dedicar este ano o Dia Mundial do Rim, que se assinala quinta-feira, ao tema “Doar – Rins para a Vida – Receber”.
Em Portugal, a colheita de rim de dador vivo baixou 7,8 por cento de 2010 para 2011, segundo dados da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ISST).
O rim de cadáver também sofreu um revés em 2011 - menos 33, tendo os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC-CHUC) liderado, com 192 colheitas.
A falta de “apelo à solidariedade e de informação, cuidadosa e rigorosa, sobre os riscos [da doação] ” são as razões apontadas por Rui Alves, numa conferência de imprensa sobre o Dia Mundial Rim, em Coimbra, para o baixo número de transplantes renais com dador vivo.
No Hospital com mais transplantes renais no país - os HUC-CHUC - apenas cinco das 159 intervenções realizadas em 2011 foram com órgão de dador vivo, de acordo com os dados da ISST.
Segundo especialistas de Coimbra, as mulheres são mais generosas, tendo em conta que, entre cônjuges, “é mais frequente a doação para o marido”. Na linha da frente está “a doação de mãe para filho e, em segundo lugar, entre irmãos”.
Desde 2007 que a lei permite que pessoas sem laços de sangue possam doar os seus órgãos em vida, concretamente amigos, cônjuges e pessoas em união de facto, além de pais e irmãos.
Segundo dados da OMS referentes a 2005, dez por cento dos transplantes a nível mundial são comerciais, disse Armando Carreira, director de Nefrologia do Hospital Geral do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (HG-CHUC).
“Portugal está salvaguardado” do risco de tráfico de órgãos, considerou o especialista, opinião partilhada pelo director do Serviço de Nefrologia dos HUC-CHUC, Mário Campos, que salienta o facto de os transplantes se realizarem “apenas em hospitais públicos”.
Existem actualmente dez mil pacientes a fazer diálise, dos quais dois mil aguardam por um rim, disse Rui Alves.
Em 2010, cerca de 16.700 doentes faziam terapêutica substitutiva renal, dos quais 10.140 se submetiam a hemodiálise e 684 a diálise peritoneal.
De acordo com Mário Campos, os dados referentes a 2011, que serão divulgados no congresso da especialidade, em finais de Março, apontam para uma subida de quatro a seis por cento dos pacientes em hemodiálise, de oito a dez por cento em diálise peritonial e uma diminuição de 8,2 por cento no transplante renal.
O Dia Mundial do Rim é assinalado em Coimbra com uma reunião científica sobre “Diálise Peritonial”.
fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/saude/08-03-12/transplantes-portugal-com-poucos-dadores-de-rim-em-vida
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