O Estudo Percepcional “Saúde e a Vacinação Antigripal” apresentado ontem pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e pela Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral (APMCG), com o apoio da Sanofi Pasteur MSD, revela que quase 90% dos portugueses reconhece que a gripe é uma doença que pode colocar em risco a vida e que esse risco aumenta com a idade. Metade dos portugueses considera estar bem informado em relação à gripe sazonal, sendo o médico a principal fonte de informação e aconselhamento. Quando questionados sobre os sintomas da gripe e da constipação, os inquiridos identificam diversos sintomas comuns, como sejam febre, tosse e dor de cabeça. As dores musculares e a febre elevada são os sintomas mais apontados para a distinção entre gripe e constipação, sendo referido como sintoma de gripe por 41% e 26% dos inquiridos, respectivamente. No entanto, existem ainda alguns mitos em relação à gripe junto da população - 20% afirma que a gripe sazonal não é contagiosa e 1 em cada 3 portugueses acha que a maior parte dos casos de gripe são contraídos nos hospitais. Dois terços dos indivíduos vacinados anteriormente afirmam estar muito satisfeitos com os resultados obtidos. O estudo foi realizado durante o mês de Agosto e envolveu 400 participantes (200 vacinados e 200 não vacinados), dos quais 68% eram mulheres e 32% homens, com idades compreendias entre 18 e os 65 anos. De acordo com a Direcção Geral da Saúde (DGS), na última época de vacinação, Portugal registou uma taxa de cobertura vacinal de 53,3% para pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, 31,3% para portadores de doença crónica e 18,3 % para a população em geral. A gripe é uma infecção aguda viral que afecta sobretudo o sistema respiratório provocada pelo vírus influenza. No adulto, o quadro clínico típico caracteriza-se pelo aparecimento súbito de mal-estar geral, febre, dores musculares e nas articulações, arrepios, dor de cabeça e corrimento nasal. A gripe é mais perigosa nas crianças pequenas, nos idosos (com mais de 65 anos de idade), nos doentes com problemas do sistema imunitário (infectados pelo VIH ou transplantados), ou com doenças crónicas (pulmonares, renais, cardíacas ou metabólicas). Nestes grupos de doentes, a gripe pode ter complicações graves e ser responsável por um elevado número de hospitalizações e de mortes (ex. Pneumonia viral e bacteriana, otite, bronquite, etc)
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