Livro apresentado hoje dá directrizes para o tratamento da doença que mata, por ano, 100 pessoas em Portugal.
Para ajudar os médicos na gestão do doente com asma grave, 14 especialistas juntaram esforços e elaboraram as primeiras orientações nacionais para a terapêutica da doença num livro que é hoje apresentado em Lisboa.
Com a chancela da Direcção-Geral de Saúde, a obra sugere uma abordagem geral ao doente desde o diagnóstico.
A asma é uma doença alérgica, crónica, que diminui a qualidade de vida dos doentes e pode causar a morte. Mas é facilmente controlável. Em Portugal, são cada vez mais as pessoas afectadas. A sensibilização para o tratamento é de extrema importância, até porque muitos doentes abandonam a medicação.
“Têm um bocadinho de receio de efeitos secundários e de se tornarem dependentes. Há uma série de estigmas que fazem com que os doentes tendam a não cumprir a medicação crónica”, revela à Renascença Ana Todo Bom, uma das autoras do livro, salientando a importância de começar o tratamento logo nos primeiros anos de vida.
“Temos que explicar aos pais diferenças dos sintomas e como é que deverão actuar. Agora, se as pessoas não tiverem essa disponibilidade, vão ter de continuar a correr às urgências, com todos os riscos e aspectos negativos associados a essa prática”, critica esta médica dos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC).
Outro factor a ter em atenção é a componente genética: “Se um pai é asmático, tem um risco acrescido de ter um filho asmático, se forem os dois [pai e mãe], esse risco acresce ainda mais, se tiver um irmão asmático, mais ainda. Há uma prevalência acrescida em famílias com doentes asmáticos”, explica.
100 pessoas morrem por ano em Portugal "Em Portugal, morrem anualmente cerca de 100 pessoas por asma. É um número muito reduzido quando se compara com outros países, mas continuam a ser muitos os milhares de pessoas que são internadas por asma e é aí que temos de fazer melhor", afirma Mário Morais de Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).
Embora a mortalidade tenha vindo a diminuir muito em Portugal, "ao nível do internamento pode fazer-se melhor", considera o especialista, que chama ainda a atenção para os custos da doença, que incidem nos doentes mais graves.
"Serão 5 a 10% de todos os asmáticos, mas serão responsáveis por mais de 50% dos custos da doença", que totaliza várias centenas de milhares de euros por ano, afirma.
Estes custos podem ser reduzidos: "Se um asmático estiver a ser bem controlado e em tratamento" reduz-se, no caso das crianças, as faltas na escola e os pais deixam de faltar ao trabalho.
O livro que hoje é lançado é dirigido, sobretudo, aos profissionais, que o poderão utilizar como “manual de procedimentos”. A obra vai estar em cima da mesa do 2º Congresso Internacional das Sociedades de Alergologia do Sul da Europ, que se realiza de 31 de Março a 2 de Abril, no Estoril.
Com a chancela da Direcção-Geral de Saúde, a obra sugere uma abordagem geral ao doente desde o diagnóstico.
A asma é uma doença alérgica, crónica, que diminui a qualidade de vida dos doentes e pode causar a morte. Mas é facilmente controlável. Em Portugal, são cada vez mais as pessoas afectadas. A sensibilização para o tratamento é de extrema importância, até porque muitos doentes abandonam a medicação.
“Têm um bocadinho de receio de efeitos secundários e de se tornarem dependentes. Há uma série de estigmas que fazem com que os doentes tendam a não cumprir a medicação crónica”, revela à Renascença Ana Todo Bom, uma das autoras do livro, salientando a importância de começar o tratamento logo nos primeiros anos de vida.
“Temos que explicar aos pais diferenças dos sintomas e como é que deverão actuar. Agora, se as pessoas não tiverem essa disponibilidade, vão ter de continuar a correr às urgências, com todos os riscos e aspectos negativos associados a essa prática”, critica esta médica dos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC).
Outro factor a ter em atenção é a componente genética: “Se um pai é asmático, tem um risco acrescido de ter um filho asmático, se forem os dois [pai e mãe], esse risco acresce ainda mais, se tiver um irmão asmático, mais ainda. Há uma prevalência acrescida em famílias com doentes asmáticos”, explica.
100 pessoas morrem por ano em Portugal "Em Portugal, morrem anualmente cerca de 100 pessoas por asma. É um número muito reduzido quando se compara com outros países, mas continuam a ser muitos os milhares de pessoas que são internadas por asma e é aí que temos de fazer melhor", afirma Mário Morais de Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).
Embora a mortalidade tenha vindo a diminuir muito em Portugal, "ao nível do internamento pode fazer-se melhor", considera o especialista, que chama ainda a atenção para os custos da doença, que incidem nos doentes mais graves.
"Serão 5 a 10% de todos os asmáticos, mas serão responsáveis por mais de 50% dos custos da doença", que totaliza várias centenas de milhares de euros por ano, afirma.
Estes custos podem ser reduzidos: "Se um asmático estiver a ser bem controlado e em tratamento" reduz-se, no caso das crianças, as faltas na escola e os pais deixam de faltar ao trabalho.
O livro que hoje é lançado é dirigido, sobretudo, aos profissionais, que o poderão utilizar como “manual de procedimentos”. A obra vai estar em cima da mesa do 2º Congresso Internacional das Sociedades de Alergologia do Sul da Europ, que se realiza de 31 de Março a 2 de Abril, no Estoril.
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