CDS volta a insistir na prescrição por princípio activo
O presidente do CDS-PP lamentou terça-feira que o acordo entre Estado e misericórdias tenha demorado um ano a concretizar-se e afirmou esperar que se concretize já a regra da prescrição dos medicamentos por princípio activo, avança a agência Lusa.
Em conferência de imprensa, na Assembleia da República, Paulo Portas considerou importante que o Estado tenha assinado o acordo com as misericórdias, “elo qual o CDS lutou durante anos e que permite fazer mais operações e mais consultas a mais doentes e mais depressa”.
“Este acordo já podia estar em vigor há 367 dias se não houvesse – como houve – preconceito”, declarou numa crítica ao Governo sobre o processo de entendimento com a União das Misericórdias ao nível da prestação de cuidados de saúde.
No entanto, para Paulo Portas, apesar dos atrasos, “valeu a pena o CDS insistir [na concretização deste acordo] e não desistir”.
“O Governo comprometeu-se a fazer o acordo com as misericórdias em Março de 2010, depois em Maio de 2010, depois em Setembro de 2010 e acaba por fazer este acordo necessário só em Março de 2011. Se tivessem seguido a posição do CDS, já tinha havido um ano com mais operações e mais consultas feitas a mais doentes que precisam”, sustentou.
De acordo com Paulo Portas, “o CDS sempre disse que havia 13 hospitais das misericórdias que estavam subutilizados – este acordo vem reconhecer que o Estado pode fazer muito mais ao contratualizar com 12 dos 13 hospitais”.
“Quando a política de saúde é contratualizada e entre o Estado e o sector social, o preço por consulta e por cirurgia é igual ou inferior àquele que seria praticado nos estabelecimentos do Estado. Há um princípio de eficiência que defendo na saúde ou na educação que é o de máxima utilização das capacidades de instalação”, disse, antes de pedir mais um passo em frente ao nível destes programas entre Estado e sector social.
“Faremos tudo para que este acordo, que é mais ambicioso na área das consultas, venha a ser também mais ambicioso na área das cirurgias, porque isso permite reduzir significativamente listas de espera”, advogou o presidente do CDS.
“Deve passar a ser regra que a receita médica seja prescrita pelo princípio activo”
Na conferência de imprensa, o líder democrata-cristão disse ainda esperar que a proposta do CDS relativa à prescrição de medicamentos por denominação comum internacional, que se encontra em votação final, venha ainda a entrar em vigor nesta sessão legislativa.
“Deve passar a ser regra que a receita médica seja prescrita pelo princípio activo, o que significa que não é prescrita pela marca. Se há um genérico, tenho a obrigação de facilitar o acesso do doente a esse genérico e não o limitar ao medicamento de marca”, justificou.
Na perspectiva de Paulo Portas, caso esta prática seja obrigatória por lei, “tal será bom para o doente porque paga menos e é bom para o contribuinte, já que, garantindo saúde às pessoas, não se paga desperdício”.
“Com o CDS-PP sempre propôs, isto significa aproximar a legislação portuguesa do que se pratica no resto da Europa. Mais uma vez, em política de saúde, não se poupa no doente, mas pode poupar-se no desperdício!”, acrescentou.
Fonte: http://www.rcmpharma.com/news/12584/15/CDS-volta-a-insistir-na-prescricao-por-principio-activo.html
Claro, claro, e o que vão gastar a mais do que actualmente com análises de controlo semanais porque os imunossupressores têm de ser constantemente avaliados para se encontrar um equilíbrio?! E o que vão gastar a mais com re-transplantes porque os imunossupressores genéricos não funcionam tão bem como o de marca, por ter níveis diferentes da substância?!
ResponderEliminarAh, pois é! Claro que isto é conversa para depois, agora vamos só fingir que vamos poupar matando uns quantos portugueses que se deram ao luxo de fazer um transplante!