Gripe: As complicações de uma doença normal
Uma gripe pode ser mais do que febre e nariz a pingar. CONHEÇA AS SEQUELAS MAIS FREQUENTES E COMO AS IDENTIFICAR
complicações mais comuns, e que levam ao internamento, são a pneumonia ou a descompensação de patologias crónicas", nota Filipe Froes, 51 anos, pneumologista e consultor da Direção-Geral da Saúde. "Na fase final da infeção viral", continua o médico, "pode haver diminuição das defesas, o que favorece o aparecimento de outras infeções."Medo da vacina A encefalite (caracterizada por cefaleias, alteração do estado de consciência, desorientação, prostração) é, apesar de tudo, uma complicação mais rara, que escolhe idosos ou pessoas com o sistema imunitário muito debilitado. De acordo com um estudo sueco, a incidência de encefalite associada ao Influenza é de 0,21 por milhão de habitantes e de 1,5 por mil pacientes internados com gripe.
Mário Soares teve alta na segunda-feira, 21, mas o susto não terá sido suficiente para convencer os portugueses a tomarem a mais eficaz medida de contenção da gripe: a vacina. Mesmo gratuita para os maiores de 65 anos, a cobertura vacinal não chega aos 50%, nesta população de risco.
Subsistirão alguns receios, infundados, quanto à segurança da vacina. E também há a ideia generalizada de que, depois de novembro, já não vale a pena tomá-la. O que Francisco George, diretor-geral da Saúde, veio desmentir, apelando à vacinação ainda durante o mês de janeiro, uma vez que o pico da epidemia só é esperado para meados de fevereiro e a vacina tarda duas semanas a fazer efeito.
Talvez fosse igualmente importante o Ministério da Saúde mostrar que leva a gripe a sério. O que não parece ser o caso. No final de dezembro, foi encerrada, no Hospital Pulido Valente, em Lisboa, a mais bem preparada unidade de cuidados intensivos, exclusivamente dedicada à doença.
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