Não pretendo dar nenhuma
lição de medicina,
apenas partilhar algo que nós transplantados pulmonares conhecemos
por PICC.
Qual é o meu objectivo?
Antes de um transplante
pulmonar e, por vezes, mesmo depois é necessário colocar este sistema de
cateter que FELIZMENTE existe e que nos tira horas e dias de sofrimento quando
é necessário colocar, por exemplo, um ciclo de antibiótico na veia durante um
tempo determinado.
Normalmente as veias das
pessoas com FQ e outras doenças crónicas, ao final de algum tempo têm tendência
a ficar:
- finas
- bailarinas
- rebentam facilmente mal se coloca a agulha
- entopem
- são retorcidas
- têm calos
FIG.1 - No momento da cura, limpeza |
FIG.2 Com a rede |
EMFIM … este sistema
facilita o trabalho do enfermeiro e ajuda especialmente o paciente a estar mais
descansado, a não sofrer e a ter uma mobilidade do braço totalmente diferente e
melhor do que se tivesse “espetado” numa das veias da mão ou braço o
tradicional cateter.
Tem ainda a enorme
vantagem de tanto o antibiótico como quando é necessário tirar sangue podem ser
feitos pelo mesmo terminal (Fig.1), não é preciso picar outra veia.
Fala sempre com o teu
médico sobre o teu TIPO DE VEIAS e sobre a possibilidade de te colocarem este
tipo de Cateter Central.
PICC (FONTE) |
É colocado no braço e
através do serviço de radiografia vao “enfiando” o cateter até que através do
ecrã consegues ver que subiu toda a veia e a extremidade passou pela zona do “sovaco”
e está dentro do teu corpo perto dos pulmões/ coração.
Há ainda uma pequena "torneira" externa (fig.2) que fecha o sistema e não é necessário estar todo o tempo a levar com soro para não entupir a veia.
Não dói e não o sentes, o
que é maravilhoso!
[Como disse esta não uma explicação
médica ou técnica]
Este cateter aguenta
muito tempo desde que seja sempre bem limpo depois de cada tratamento
antibiótico com FIBRILIN (Heparina) + soro. As doses são definidas pelos
enfermeiros caso o tratamento seja para ser feito em casa.
Uma vez por semana há que
fazer uma cura (limpeza externa das gazes, adesivos, etc) e voltar a colocar
novamente gazes esterilizadas. Tudo tem que ser feito com o máximo de higiene,
usando a máscara facial, as luvas, etc.
A rede que se pode ver na
foto 2 é para permitir que o sistema esteja o mais confortável possível no braço
sem cair ou se mover.
Quando se toma banho,
também há formas de tapar esta zona para não ficar molhada, será o próprio enfermeiro
a explicar e a dar o material especifico.
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