O número de transplantes realizados no ano passado em Portugal diminuiu
19 por cento, com menos 157 transplantes comparativamente com 2011,
segundo relatório oficial divulgado nesta quarta-feira.
Os dados preliminares de 2012 do Instituto Português
do Sangue e da Transplantação (IPST) indicam que foram feitos 681
transplantes, quando em 2011 tinham sido realizados mais de 830.
Também
o número de dadores registou uma diminuição, com menos 49 dadores em
2012, representando um decréscimo de 16 por cento, face ao ano anterior.
De
acordo com o documento divulgado no site do IPST, o número de
transplantes tem vindo a decrescer desde 2009, ano em que se fizeram 928
cirurgias deste tipo.
Em quatro anos, de 2009 a
2012, a redução do número de transplantes foi de cerca de 27 por cento,
com menos 247 transplantes realizados.
O transplante renal continua a ser o mais realizado, com 429 intervenções em 2012, ainda assim menos 100 do que no ano anterior.
Uma
redução registada também nos restantes órgãos, com menos 30
transplantes hepáticos, menos 16 cardíacos, menos cinco do pâncreas e
menos quatro transplantes pulmonares.
A tendência
de diminuição verifica-se igualmente desde 2009, nas colheitas de órgãos
em dador cadáver, como uma redução de cerca de 16 por cento em quatro
anos.
Aliás, a taxa de doação por milhão de
habitantes passou de 31 - em 2009 - para 23,9 - no ano passado -
atingindo o mesmo valor que no ano de 2007.
Ao
abrigo do acordo de cooperação com Espanha, foram realizados 15
transplantes no país vizinho, sendo que em apenas um caso o recetor era
português.
No total foram oferecidos 22 dadores
cadáveres, a maioria proveniente do Hospital de São João, no Porto, e
doados 35 órgãos - 15 pulmões, 12 corações e oito fígados.
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