O Virologista Pedro Simas e a Fundação Portuguesa do Pulmão defendem o uso de máscara ao ar livre e explicam o motivo.
Proteção respiratória
Quer a nível mundial, quer em Portugal, a situação epidemiológica da pandemia COVID-19 não se apresenta consolidada. Em ambos os casos a percentagem da população afetada não ultrapassa os 0,3%, o que significa que a infeção tem um enorme potencial de progressão.
Acresce que ao entrarmos numa nova fase da vida social, com o início da escolaridade e a abertura de outras atividades - com o consequente aumento da proximidade entre as pessoas - estão criadas as condições para o aumento da transmissão do SARS-CoV-2.
Acresce, igualmente, que para além do receio de uma muito provável segunda onda pandémica, a entrada na época gripal - com a circulação conjunta do coronavírus e dos vírus Influenza - é motivo acrescido de preocupação, em virtude do desconhecimento que existe acerca das eventuais implicações desta invulgar situação.
Tal cenário aconselha, pois, a que se acentuem as medidas de combate à pandemia. Assim:
- A Fundação Portuguesa do Pulmão vem chamar a atenção da população para a necessidade de se melhorarem as atitudes comportamentais preventivas e amplamente divulgadas, que se perfilam como as medidas mais importantes: etiqueta respiratória, desinfeção das mãos e das superfícies, distanciamento social e utilização de máscara em todos os espaços públicos interiores;
- A Fundação Portuguesa do Pulmão defende, igualmente, a extensão do uso obrigatório de máscara em todos os lugares públicos exteriores. A única exceção deverá apenas contemplar as situações em que o distanciamento social de dois metros está indiscutivelmente assegurado;
- A Fundação Portuguesa do Pulmão aconselha vivamente as autoridades da Saúde a promoverem a obrigatoriedade desta medida que, seguramente, contribuirá para um controlo mais muito eficaz da pandemia.
Fundação Portuguesa do Pulmão, 14 de agosto 2020
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