As divergências de tratamento entre doenças e até na mesma doença, o
desconhecimento por parte dos médicos, a falta de equidade no acesso a
tratamentos e as enormes dificuldades nesse acesso, assim como a urgente
implementação do Plano Nacional para as Doenças Raras - aprovado em
2008 mas ainda não implementado 5 anos depois - foram alguns dos temas
debatidos na Conferência “Doenças Raras Sem Fronteiras – Realidade
Nacional e Europeia”, promovida pela Aliança Portuguesa de Associações
das Doenças Raras em parceria com a ORPHANET-Portugal no âmbito do 6º
Dia Mundial das Doenças Raras, que teve lugar no IBMC, no Porto, no
passado dia 23 de Fevereiro, avança comunicado de imprensa.
Não é por serem raros que são poucos os doentes afectados por doenças
raras, estimando-se que 4% da população seja afectada pelas cerca de
sete mil doenças já identificadas, sofrendo na pele todas as
dificuldades acrescidas de serem portadoras de doenças pouco conhecidas
ou não identificadas, a maioria delas altamente debilitantes. Estes
doentes são os órfãos dos sistemas de saúde e enfrentam na sua vida
diária enormes dificuldades na procura de diagnóstico, informação
relevante e orientação adequada para profissionais qualificados, mas
também no acesso a cuidados de saúde de qualidade, apoio social e
médico, ligações efectivas entre os Hospitais e Centros de Saúde, bem
como na integração profissional e social, cada vez mais premente na vida
destes doentes e suas famílias.
Do debate realizado durante a Conferência, destacam-se claramente a
necessidade da urgente implementação do Plano Nacional das Doenças
Raras, e consequentemente do cartão de doente raro, e a criação de
Centros de Referência que permitam reunir equipas multidisciplinares,
especialmente vocacionadas para o diagnóstico e tratamento destas
doenças – a falta de conhecimentos científicos e médicos eficazes leva a
que muitos doentes nunca sejam diagnosticados, permanecendo as suas
doenças por identificar.
Ainda no âmbito da Conferência, o Professor Jorge Sequeiros,
Coordenador da ORPHANET-Portugal, lamentou a ausência das entidades
públicas convidadas e anunciou o lançamento a nível europeu, em primeira
mão nesta Conferência, da brochura “Testes Genéticos para efeitos de
Saúde”, produzida pelo Conselho da Europa e que se debruça sobre as
situações em que se prevê o uso de testes genéticos, o aconselhamento
genético profissional, o que se deve procurar com estes testes e o peso
da decisão de se submeter a este tipo de testes. Este é um tema de
grande importância para os portadores de doenças raras, pois a grande
maioria destas doenças são de origem genética. Portugal é o primeiro
país onde esta publicação será publicada e foi traduzida para português e
revista pela ORPHANET-Portugal, sendo portanto um apoio fidedigno para
todos os que sintam necessidade desse tipo de informação.
Desde a sua criação, o Dia das Doenças Raras e toda a discussão que foi
possível gerar em torno das suas problemáticas, já contribuiu para
enormes avanços a nível das políticas da UE sobre doenças Raras e à
criação e implementação de Planos Nacionais para as Doenças Raras em
muitos estados membros.
FONTE
Dedico este blog ao meu Transplante Pulmonar que me salvou a vida, no dia 9 de Maio de 2005 e ao meu Transplante Renal com dador vivo, no dia 25 de Março de 2015, ambos realizados no Hospital Juan Canalejo, na La Coruña, em Espanha.
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SIC - DIA MUNDIAL DO NÃO FUMADOR - Testemunho Sandra Campos (Transplantada Pulmonar por FQ)
SIC - "Programa Companhia das Manhãs" - 14.10.2009
SIC - Fátima Lopes - Entrevista com Sandra Campos e Célia - Junho 2009 (2/2)
SIC - Fatima Lopes - Entrevista com Sandra Camps e Célia - Junho 2009 (1/2)
TVI- Jornal Nacional - Caso chocante de Açoriano que espera Transplante Pulmonar - 2008
SIC - Fátima Lopes Ago.2008 (2/2)
SIC - Fátima Lopes Ago.2008 (1/2)
TV Ciência - Testemunho de Vida - A F.Q e o Transplante Pulmonar
Obrigada a toda a equipa da TV Ciência pela oportunidade de divulgar esta doença rara chamada Fibrose Quistica. Não se falou nos Transplantes Pulmonares mas gostaria de deixar aqui a esperança para todos os que sofrem desta doença que o Transplante Pulmonar pode ser a única salvação numa fase muito avançada e terminal da F.Q.
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